RUBBER TRACKS – NOITE DO HIP HOP
Com muita gente ainda do lado de fora, o rapper paulistano Nego E abriu a noite por volta das 22h, e conseguiu cativar parte significativa do público com rimas em cima de samples de Kendrick Lamar e KC & The Sunshine Band, entre outros. Já Don L, o hypado rapper de Fortaleza, teve maior dificuldade de contagiar a plateia, e não exibiu no palco a mesma desenvoltura apresentada na elogiada mixtape de estreia dele, Morra Bem, Viva Rápido, lançada em 2013.
Pouco antes da meia-noite, Chet Faker subiu ao palco sob muitos aplausos e nítida histeria feminina. Com repertório calcado em Built On Glass, disco de estreia do mezzo-vocalista/mezzo-
Teve espaço para singles como “Talk Is Cheap” e “1998”, mas Faker não se limitou a isso; voltou a 2011 para mostrar o cover de “No Diggity”, do Blackstreet, que o fez virar febre nas redes sociais, e cantou “Drop The Game”, parceria dele com o produtor Flume, outro prodígio australiano da eletrônica.
Com um repertório curto, mas conciso, o barbudo agradeceu o carinho do público paulistano, reclamou da companhia aérea que perdeu a bagagem dele após um viagem de mais de 24 horas, e deu espaço para o headliner da noite, Busta Rhymes.
O show de encerramento da noite aconteceu pouco depois da 1h da manhã, quando o rapper e ator americano Busta Rhymes subiu no palco para o delírio da plateia. A apresentação foi bastante enérgica e aprovada pelo público em êxtase com a agilidade nas rimas.
Busta ganhou esse apelido de ninguém menos que Chuck D. do Public Enemy. O músico ficou conhecido por usar sua habilidosa técnica em fazer rap, que consiste basicamente em cantar muito rápido. O rapper estourou nos Estados Unidos na segunda metade da década de 1990 com o hit “Woo Hah!! Got You All in Check”, faixa de seu álbum de estreia The Coming (1996). Single e álbum levaram disco de platina. Desde então o cara lançou mais oito discos, sendo Year Of The Dragon (2012) seu último lançamento.
A apresentação contou com clássicos como “I Know What You Want”, que cantou com Mariah Carrey, e “Make It Clap”, ambas do álbum It Ain´t Safe No More, de 2003. O show foi desfocado por alguns instantes por conta do incidente envolvendo um invasor na casa. Um dos fãs que não conseguiu entrar na casa por conta da lotação resolveu invadir pelo telhado.
Após alguns instantes pendurado – suficiente para ser notado por Busta, que improvisou o verso “oh shit, there’s a man on the roof” ao ver a cena o homem conseguiu subir novamente, e foi preso posteriormente pela polícia. No mezanino, correria e confusão: muita gente foi barrada pelos bombeiros na passagem para a escada que liga o mezanino ao térreo, e quem conseguia sair, assustado, ainda tinha que entregar a comanda (pré-paga, diga-se de passagem) para os seguranças do Jóia.
Até o momento a assessoria do festival não respondeu aos questionamentos do TMDQA sobre o ocorrido, mas relatos de outros veículos da imprensa dão a entender que o festival deve seguir normalmente neste fim de semana, com shows de Fucked Up, Dinosaur Jr., The Sword e Clutch.
Nem mesmo isso tirou a concentração do rapper, que seguiu a performance. “Homem no Telhado”, “Homem no telhado”, foi apenas o que ele disse ao ver o cara pendurado e uma parte do teto desabando.
Assista abaixo a alguns trechos: