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Converse Rubber Tracks Live: veja como foram os dois últimos dias de festival

Maguerbes, DLC, Sword e Clutch se apresentaram na última noite de Rubber Tracks, no Cine Jóia.

The Sword

 

Textos por Rakky Curvelo, Fernando Branco e Giácomo Tasso

Os dois últimos dias do festival Converse Rubber Tracks Live receberam bandas de rock alternativo e de peso nas guitarras no Cine Jóia.

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Na sequência você pode ver como foram as performances que finalizaram a iniciativa da Converse de trazer shows ao Brasil.

Quarto dia

Churrasco Elétrico

Às 22h em ponto o Churrasco Elétrico subiu ao palco com o público ainda entrando no Cine Jóia.

O quarteto do interior paulista, ainda desconhecido do grande público, apresentou um rock and roll repleto de influências sessetistas, psicodelia e muitas referências à Jovem Guarda. Tudo isso puxado pela guitarra suingada de Fábio Góes.

O setlist variou entre músicas do EP Vol. 1 (2014) e alguns covers, com destaque para o soul “LSD (Lindo Sonho Delirante)”, com a participação do cantor Fábio, que escreveu e lançou a música em 1968. A banda ainda apresentou a faixa “Os Impostores”, gravada especialmente para o projeto da Converse.

Ao final da curta apresentação (foram 35 minutos de show), o Churrasco Elétrico saiu do palco deixando uma boa impressão e apenas uma dúvida: de onde veio esse nome?

Single Parents

Os paulistanos do Single Parents subiram ao palco sob algum agito do público presente. O foco da banda foi o primeiro disco lançado, Unrest (2012), queabriu com a própria faixa “Unrest”. Logo ao fim da primeira música, o vocalista Fernando Dotta agradeceu ao público dizendo que sabia o quão difícil foi conseguir entrar ali, agradeceu a todos e disse que é foda estar tocando na mesma noite em que uma das maiores influências da banda também se apresenta, se referindo ao Dinosaur Jr.

A grande atração da noite para quem estava ali no Cine Joia era mesmo o grupo de J Mascis, visto que alguma pessoas dançavam durante as músicas do Single Parents, mas a grande maioria parecia não acompanhar o trabalho da banda.

O ponto alto do show foi quando Fernando disse: “Nós queríamos fazer algo muito especial para esta aprsentação”, anunciando a entrada de Lou Barlow, baixista do Dinosaur Jr. e vocalista do Sebadoh. A banda refez a parceria com Barlow, que esteve de passagem pelo Brasil com o Sebadoh recentemente e quem fez abertura dos shows foi o próprio Single Parents. A faixa tocada em conjunto foi “Magnet’s Coil”, música do Sebadoh lançada no álbum Bakesale (1994).

Ao fim da apresentação, o Single Parents fez o seu barulho shoegaze de costume, com direito ao guitarrista Zeek Underwood arrancando as cordas de sua guitarra. Apesar do som muito alto, e muitas vezes sem definição, Single Parents deixou uma boa impressão ao público do Cine Joia.

Fucked Up

Os canadenses do Fucked Up esquentaram as coisas no Cine Joia, e nem tanto por causa de seu som. O hardcore da banda com três guitarristas criou uma desordem musical gigantesca, onde muitas vezes era difícil entender o que estava sendo tocado. Mas o “show” da banda se deu pelo insano vocalista Damian Abraham, que parecia ser incapaz de ficar no palco com o resto da banda.

Logo na segunda música, Abraham já estava na grade abraçando o público e cedendo o microfone a alguns fãs que substituíam os gritos do vocalista oficial. “Eu sempre digo que é um honra tocar em todos os lugares, mas aqui em São Paulo, talvez seja a maior honra que já tivemos! O hardcore brasileiro é excelente! Nós adoramos!”, disse Damian enquanto colecionava coisas que a plateia jogava a ele e as colava em seu corpo. Inclusive, o vocalista ficou até o fim do show com um copo plástico colado na cabeça.

A insanidade se deu na faixa “Sun Glass”, de seu último álbum Glass Boys, onde Damian pulou no meio da galera e começou a distribuir abraços suados e beijos a todos. O vocalista fez um tour por todo o Cine Joia.

“A primeira banda que vi ao vivo foi Dinosaur Jr. E como está expectativa de vocês para o próximo show?” perguntou Abraham ao público, perguntando também se era verdade que um cara havia caído do teto na noite passada.

Após toda a loucura do show do Fucked Up, que até os caras do Dinosaur Jr. viram das escadas do backstage, Damian Abraham ainda voltou para tirar fotos com alguns fãs. O show do Fucked Up não poderia fazer melhor jus ao nome da banda; desordem total.

 

DINOSAUR JR.

“Música alta e pesada”, foi isso que J.Mascis prometeu aos fãs quando perguntado o que nós poderíamos esperar do Dinossaur Jr.

Um dos grupos mais celebrados do rock alternativo, tendo influenciado Nirvana, Pixies e outros grandes nomes, J, Mascis (guitarra), Lou Barlow (baixo) e o baterista Emmett Murph subiram ao palco tranquilamente, a passos lentos e tranquilos. Tranquilidade que acabou no momento em Mascis deu o primeiro acorde na sua mais do que surrada, e clássica, Fender Jazzmaster.

O som que saia da parede de amplificadores atrás da banda lavou a alma da plateia com uma chuva de volume, distorção, viradas de bacteria milimétricas e um baixo calculadamente displicente.

A banda mesclou bem o repertório, com músicas mais antigas, como “The Lung”, e sons mais novos, “Watch The Corners” e “Pieces”, que fazem parte da ‘’segunda fase’’ da banda, quando o trio original se reuniu em 2005.

Os clássicos “Out There” e “Feel The Pain” foram os pontos altos do show, que ainda contou um bis de três músicas e a participação do carismático Damian Abraham, vocalista do Fucked Up.

Ao final do show a plateia permannce estática, tamanha foi a massa sonora do Dinossaur Jr., que provou, pra quem ainda não sabia, que dá pra ser rockstar sem querer aparecer mais do que a própria música.

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