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Resenha: Pitty em São Paulo (09/08/14)

Cantora apresentou seu novo show, baseado no último disco <strong><em>Setevidas</em></strong>, lançado em Junho.

Resenha: Pitty em São Paulo (09/08/14)

Com a casa lotada e um setlist de quase duas horas, a cantora Pitty trouxe a São Paulo no último sábado, 9 de Agosto, o show de lançamento de seu último álbum Setevidas, disponibilizado oficialmente em Junho. A casa de shows Audio Club abriu por volta das 22h e até a entrada de todo o público e do ajuste de todos os detalhes o relógio já contava pra mais de uma da manhã, quando finalmente a apresentação deu partida. No telão, um discurso da cantora embasado no número sete: os sete dias da semana, os sete pecados capitais, o mundo feito em sete dias (…). Discurso tal que foi sendo explorado ao longo do show através de recursos visuais, das palavras da cantora e das próprias músicas.

Quem esperava por um público predominantemente adolescente viu que eles envelheceram junto com a cantora, e o que se via em maior número eram jovens de vinte e poucos anos. “Setevidas”, primeiro e pegajoso single do disco abriu o show com euforia e coro geral. Na sequência, uma poderosa trinca de hits levantou o clima lá nas alturas, sem o perdão do pleonasmo: “Anacrônico”, “Admirável Chip Novo” e “Semana que vem” foram a deixa para as (tímidas) rodas de pogo, garotos sem camisa e garotas de sutiã, mesmo com os seguranças tentando impedir.

“A Massa” surgiu retomando o novo disco e emendou na também nova (próximo hit?) “Deixa ela entrar”. Para os fãs de longa data, o show foi bastante excitante, já que a cantora tocou quase todos os singles da carreira. Acompanhada de Duda (bateria), Martin (guitarra) e do novo integrante Guilherme (baixo), a forma com que Pitty balanceou as novas canções às antigas funcionou, principalmente para quem ainda não está tão familiarizado com o novo disco.

“Teto de Vidro” (com Pitty na guitarra) e “Memórias” abriam espaço para um momento de canções recentes que, de certa forma, mantiveram (alguns decibéis abaixo) o clima do show. “Boca Aberta” é uma espécie de confissão, enquanto a densa “Olho Calmo” é daquelas de cantar junto tirando algum peso de si. “Pouco”, talvez uma das mais esperadas de Setevidas, mostrou uma vocalização cruel bem afeita à Pitty.

O coro se fez mais alto e poderoso com “Me Adora”, que engatou na dolorida “Pulsos”. O momento mais calmo e não menos intenso veio com a suprema “Equalize” e a triste e das mais queridinhas do público “Na sua estante”. O final do show contou com “Um Leão”, “Máscara”, que reanimou o público ao lado mais rock´n´roll da banda para finalizar com “Serpente”, última música do novo álbum, em um clima meio ritualístico, de coletividade. Pitty quando gritou “Agora que eu voltei, quero ver me aguentar”, parece que não estava de brincadeira. Um show maduro e seguro de si, com um pé na “podreira” e outro no popular.

Setlist:

  1. Setevidas
  2. Anacrônico
  3. Admirável Chip Novo
  4. Semana que Vem
  5. A Massa
  6. Deixa Ela Entrar
  7. Teto De Vidro
  8. Memórias
  9. Boca Aberta
  10. Olho Calmo
  11. Pouco
  12. Me Adora
  13. Pulsos
  14. Pequena Morte
  15. Equalize
  16. Na sua estante
  17. Um Leão
  18. Máscara
  19. Serpente