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Resenha: Weezer - Everything Will Be Alright In The End

Confira o que achamos do novo disco de inéditas do <b>Weezer</b>.

Você tem acompanhado aqui no Tenho Mais Discos Que Amigos!, que conferimos todos os detalhes sobre o novo álbum do WeezerEverything Will Be Alright In The End será lançado apenas no dia 07 de Outubro, mas já ouvimos em primeira mão.

O intuito dos caras é voltar às raízes, após dois discos lastimáveis e outro bem mediano. Para isso, eles voltaram a trabalhar com Ric Ocasek, responsável pelos bem sucedidos Weezer (Blue Album) (1994) Weezer (Green Album) (2001).

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O material começa com “Ain’t Got Nobody”, que mostra um Weezer bem discreto, mas que vai contagiando aos poucos e tornando a faixa algo empolgante. A canção seguinte já mostra que eles estão prontos para quebrar tudo, e mostrar a que realmente vieram, com a já conhecida “Back To The Shack”. 

A canção, utilizada como primeiro single do álbum, inclusive mostra na própria letra que definitivamente esse trabalho tem como objetivo reconquistar sua legião de fãs, tentando se aproximar mais de seus primeiros álbuns:

Desculpem, pessoal, não percebi que precisava tanto de vocês
Eu achei que conseguiria atingir um novo público
Esqueci que música disco é um saco
Acabei sem ninguém e comecei a me sentir mal
Talvez eu deva tocar a guitarra solo
E Pat tocar bateria

Me leve de volta, de volta para a cabana
De volta para a Stratocaster com a correia de raio
Chutar a porta, mais hardcore
Fazendo rock como se fosse 1994

Falando na música, não demora até você ficar viciado nela. Com um refrão fácil de decorar e bem pegajoso, o grupo acertou em cheio para o primeiro single. Outra que grudou da mesma forma foi a mais calma “Go Away”, que conta com a participação especial de Bethany Cosentino, vocalista do Best Coast. Quando você menos esperar estará cantando as duas músicas sem parar, vai por mim.

Algumas canções possuem um evidente ar de nostalgia, não se prendendo totalmente ao passado. “Eulogy For A Rock Band” e “Lonely Girl” são as provas claras disso, tendo ambas a sonoridade que às vezes lembra faixas do álbum verde.

Apesar de flertar bastante com os sons do passado, outras faixas nos mostram inovação por parte do Weezer. A primeira delas é “I’ve Had It Up To Here”, e querendo os fãs ou não, ela tem uma pegada mais pop/rock de forma bem animada, nada visto em outros trabalhos deles. “Da Vinci” não fica muito atrás, e inclusive lembra algumas faixas do ótimo e controverso Make Believe (2005).

A faixa “Cleopatra” é a que possui uma das letras mais fracas do álbum, com um refrão cansativo e repetitivo demais. Apesar disso, os instrumentais da música a salvam por alguns momentos, e só. O fôlego do material é recuperado já na sequência com “Foolish Father”, retratando a relação do líder Rivers Cuomo com o seu pai. Ela é de longe uma das melhores de Everything Will Be Alright In The End, principalmente na sua parte final com um coro de fundo cantando o título do disco.

gran finale ficou por conta da trilogia formada pelas músicas “The Waste Land”, “Anonymous” “Return To Ithaka”, destacadas mais pelo instrumental, já que apenas a segunda parte possui um pequeno trecho em que o vocalista canta. O desfecho do álbum pode ser considerado como algo “épico”, dando um ponto final em grande estilo.

Definitivamente o material trouxe aquele Weezer dos primeiros e gloriosos anos de volta à ativa, e deve agradar em cheio aos fãs que estavam carentes e viam a banda lançar títulos fracos nos últimos anos.

Nota: 8,5/10

 

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