Venda de vinil no Reino Unido é impulsionada por Pink Floyd, David Bowie e Arctic Monkeys

Pela primeira vez em 18 anos, vendas de discos de vinil ultrapassam um milhão de cópias no Reino Unido.

AM, do Arctic Monkeys, em vinil

Aquela velha história de que “santo de casa não faz milagre” não está mais funcionando tão bem na Inglaterra. Isto porque no último ano, o mercado inglês de discos de vinil, que ainda representa a minoria do consumo de música inglês, deu um grande salto graças aos últimos lançamentos de três grandes “santos da casa”: o indie rock do Arctic Monkeys e seu aclamado AM, a indiscutivelmente clássica coletânea Nothing Has Changed de David Bowie e o atual número 1 em vendas The Endless River do Pink Floyd.

Para se entender a grandeza do recorde, vamos recorrer à matemática: a venda de discos de vinil na Inglaterra alcançou um milhão de cópias. A última vez que isso aconteceu foi lá em 1996, com o furacão do britpop e seus líderes, também da casa, Oasis Blur. A grande diferença entre os dois movimentos é que enquanto o anterior representou um marco da década e revelou grandes nomes, neste ano não estamos falando de nenhum novo “movimento” musical, apenas de três grandes nomes que, cada um em seu espaço, ganhou a atenção do público ao mesmo tempo.

[one_fourth]Desde 1996 não se vendiam tantos discos de vinil no Reino Unido.[/one_fourth]

A notícia veio da British Phonographic Industry (BPI), entidade representante das empresas que vendem discos na Grã-Bretanha. De acordo com  Martin Talbot, um de seus maiores executivos, o público britânico renovou sua paixão pelos discos de vinil, que estão no caminho para se tornarem um negócio de 20 milhões de libras neste ano. 

Em levantamentos de diferentes fontes ao longo do ano, nós já percebemos este caminho: em julho deste ano a venda de discos de vinil já havia subido em 40% em comparação à 2013 e a projeção da Nielsen Soundscan era de que o ano acabasse com o recorde de com 8 milhões de cópias vendidas. No mês passado, focando a venda de discos apenas nos EUA, vimos um crescimento de 50% em relação ao ano anterior e a previsão é de que o ano acabe com 8,9 milhões de cópias vendidas em toda a América do Norte.

 

E aí, alguma dúvida de que o caminho é ter mais discos que amigos?