"Crise do segundo álbum": o fim da sua banda favorita ou uma tendência da indústria musical?

De tempos em tempos uma nova banda surge e agarra seu coração e seus nervos com um disco de estreia completamente fantástico. O hit do verão invade todas as rádios, todo mundo canta aquela canção e começa a se perguntar o que será que vem depois. A banda pode se transformar em um sucesso avassalador e lançar novos discos de peso ou se transformar em um belíssimo exemplo de one hit wonder, que você talvez lembre, mas nunca mais saiba novidades a respeito. Entre um caminho e outro, uma estatística se mostra cada vez mais certeira: o segundo disco dessa banda não vai ser tão querido quanto o primeiro.

A expressão americana “Sophomore Album Slump” que dá significado a este fenômeno é um bicho de sete cabeças na produção musical, mas pode ter uma explicação bem mais lógica do que ser simplesmente uma assombração para toda banda. A galera do Consequence Of Sound acompanhou um estudo que utilizou como base a lista de 100 melhores álbuns de estreia de todos os tempos da Rolling Stone americana e comparou a pontuação destes registros com os seguintes de cada uma das bandas listadas. Em 66,25% das vezes, as notas caíram, o que nos dá uma prova bem palatável de que o desempenho inferior do segundo álbum de bandas de todos os estilos, gêneros e períodos históricos é algo real, e que acompanha a indústria da música através dos tempos.

O estudo também mostra que muitos músicos sofreram bem menos que outros no comparativo entre seus dois primeiros álbuns. Os Beatles perderam apenas 4 pontos na avaliação entre um disco e outro, o R.E.M perdeu um e artistas como a Lady Gaga e o Led Zeppelin ganharam 3 e 7 pontos, respectivamente, na mesma comparação. Entre os artistas com pior desempenho, estão Jay-Z, com -37 pontos, Guns N’ Roses com -25 pontos e The Doors, com -23.