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Resenha: City And Colour no Rio de Janeiro

Veja resenha e fotos exclusivas do grande show de Dallas Green no Rio de Janeiro.

City And Colour no Rio de Janeiro

Texto por Gabriel von Borell

Fotos por Rodnei Rosa

No último sábado (14), o Sacadura 154, localizado no bairro da Saúde, no Centro do Rio de Janeiro, foi palco de um dos shows mais aguardados do público carioca que curte indie e folk rock. A casa recebeu o músico canadense Dallas Green junto com seu projeto City and Colour, que há alguns anos vem conquistando um grupo de fãs cada vez maior no Brasil.

Bem antes de a banda entrar em cena, do lado de fora do Sacadura 154 já era possível perceber a grande expectativa das pessoas, que se mostravam animadas mesmo encarando uma fila imensa, que não poupou nem mesmo os “empolgados” – como é conhecido o grupo de pessoas que ajuda a viabilizar diversas apresentações através do sistema de crowdfunding gerado pela iniciativa de financiamento coletivo Queremos.

Dessa vez, foram 1.226 empolgados que destinaram uma determinada soma em dinheiro com o objetivo de atingir a meta para que o show do City and Colour fosse confirmado no Rio de Janeiro, e assim a venda do espetáculo fosse aberta para o público em geral. Com transmissão ao vivo do canal Bis, Dallas Green, junto com seus companheiros de grupo, Dante Schwebel (guitarra), Jack Lawrence (baixo), Doug MacGregor (bateria) e Matt Kelly (guitarra de pedal), subiu ao palco para delírio dos fãs logo após o relógio marcar 23h, horário previsto para o início do espetáculo. A partir daí, a noite foi realmente mágica – tanto para o público quanto para a banda.

Com seu visual mais puxado para o country, o guitarrista/vocalista do ressurgido Alexisonfire, que havia encerrado atividades em 2011 e foi reativado neste ano, pareceu reger um coral de vozes desde que as primeiras notas de seu violão deixaram claro para os cariocas que a música de abertura seria “Forgive Me”, do álbum Bring Me Your Love.

Depois, veio uma faixa arrebatadora atrás da outra, como “The Lonely Life”, “The Grand Optimist” e “As Much As I Ever Could”. Foi então que os companheiros de Dallas se dirigiram para o backstage e abriram espaço para o set acústico do cantor, possibilitando também uma interação mais objetiva de Dallas com os fãs, mesmo que em poucas palavras.

O público se emocionou com “Like Knives”, brincou com seu ídolo em uma bela performance da plateia em “What Makes a Man?”, berrou cada verso na execução de “Body in a Box” e contemplou com olhos hipnotizados cada segundo de “Northern Wind”. Já na metade da apresentação, a banda de apoio retornou e o City and Colour continuou a envolver os fãs com sucessos como “We Found Each Other in the Dark”, “Sleeping Sickness” e “Thirst”, além de “Sorrowing Man”, que contou com uma extensa jam session por ser a última música antes do bis.

Mais solto, Dallas reapareceu no palco de óculos escuros, por volta de 00h30, para a sequência final do show e brincou sobre um erro de iluminação dizendo que “o Natal estava acontecendo naquele momento”. As cerca de 3 mil pessoas presentes no Sacadura 154 acompanharam em seguida, e sem tirar os olhos de Dalas e cia, a parte final do show. Para fechar a apresentação,o City and Colour escolheu “Save Your Scissors”, “The Girl”, “Two Coins” e “Death’s Song”, ignorando os insistentes pedidos do público para que eles tocassem “Hello, I’m in Delaware” e “Little Hell”. Mas, àquela altura do campeonato, quem se importava? O Rio de Janeiro já estava tomado pelo verde de Dallas.

Setlist

  1. “Forgive Me”
  2. “Of Space and Time”
  3. “The Lonely Life”
  4. “The Grand Optimist”
  5. “Weightless”
  6. “As Much As I Ever Could”
  7. “Like Knives”
  8. “What Makes a Man?”
  9. “Body in a Box”
  10. “Northern Wind”
  11. “Waiting…”
  12. “We Found Each Other in the Dark”
  13. “Sleeping Sickness”
  14. “Silver and Gold”
  15. “Thirst”
  16. “Fragile Bird”
  17. “Sorrowing Man”
    Bis:
  18. “Save Your Scissors”
  19. “The Girl”
  20. “Two Coins”
  21. “Death’s Song”