Em 2012 a banda de post-hardcore Make Do And Mend lançou um disco chamado Everything You Ever Loved, que colocou o grupo no mapa dos novos bons nomes do estilo através de um trabalho muito interessante.
Três anos depois, os americanos de Connecticut estão de volta com Don’t Be Long, terceiro disco da carreira e um montão de expectativas para cumprir.
A julgar pela faixa de abertura, que leva o nome do álbum, o quarteto tiraria isso de letra, já que “Don’t Be Long” é uma poderosa canção baseada em guitarras na sua introdução, pré-refrão e refrão, além da voz inconfundível que irá deixar os fãs de bandas como Hot Water Music com um sorriso na cara.
O problema é que daí pra frente, o álbum é inconstante e alterna entre bons momentos, tanto nas letras quanto no instrumental, e mais várias canções que soam como mais do mesmo.
“Ever Since” não é tão boa quanto a faixa de abertura, mas ainda assim dá uma boa mostra do que a banda pode fazer, dessa vez com vocais limpos, enquanto “Bluff” ainda tem pegada o suficiente para ficar gravada na cabeça do ouvinte.
Com “Old Circles” começa uma sequência de canções que soam uma como a outra, incluindo “Each Of Us” e “Sin Miedo”, até que a semi balada “Sin Amor” deixa o ritmo das coisas um pouco mais calmo, e não empolga, bem como “All There Is”.
“I Don’t Wonder At All” é uma canção de voz e violão que serve como ponte entre a parte anterior e “Sanctimony”, que volta a tornar as coisas interessantes, mas aí já é tarde demais, já que “Begging For The Sun To Go Down” chega para encerrar os trabalhos com instrumental e vocais bastante melancólicos.
Don’t Be Long não é um disco ruim, mas não empolga. Talvez tenha sido a pressão através da boa recepção do disco anterior, ou falta de criatividade mesmo. Fato é que em três anos, o grupo poderia ter diversificado seu repertório e trabalhado com novos elementos e estruturas, pra evitar a repetição vista aqui.