Estamos em 2015 e é difícil imaginar que uma lei como a que entrou em vigor na Rússia há dois anos exista: lá, os governantes do país decidiram criar uma regulamentação contra o que chama de “propaganda gay entre menores”.
Alexander Starovoitov, político russo, se baseou nessa lei para acusar a Apple e o U2 pela disponibilização do mais recente disco de estúdio da banda, Songs Of Innocence, em todos os equipamentos que rodam iOS no planeta.
Segundo ele, a capa do álbum traz o que “acredito que sejam dois homens em uma manifestação de relação sexual não convencional.”
Aparentemente o nobre legislador russo não sabia que a capa mostra uma foto do baterista da banda, Larry Mullen, Jr., abraçando seu filho de 18 anos de idade, Elvis, ambos sem camiseta.
Segundo a banda, a ideia era mostrar que “se agarrar à sua inocência é muito mais difícil do que se agarrar à inocência de outra pessoa.”
De acordo com a Billboard, que trouxe a notícia, esse tipo de atitude na Rússia tem, infelizmente, se tornado comum, e um produtor de show da cantora Lady Gaga no país foi enquadrado e multado pela mesma lei em 2013.
No mesmo ano, o CEO da Apple, Tim Cook, revelou para o mundo que é gay, e pouco tempo depois um monumento de Steve Jobs foi retirado de uma universidade de St. Petersburg como resposta.