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Resenha: Anti-Flag - American Spring

Punks veteranos do Anti-Flag chegam ao nono disco com um trabalho que tem seus pontos altos, mas não deve aparecer em listas de melhores do ano.

Resenha: Anti-Flag - American Spring

O Anti-Flag é um grupo americano de punk rock que faz parte daquela interessante lista de bandas que muito provavelmente vai chegar até o final da carreira fazendo o mesmo estilo de música.

No caso dos caras, não apenas irão apostar em baixo, guitarra e bateria com vocais rasgados, como também muito provavelmente irão impor duras críticas ao governo, principalmente dos Estados Unidos, até o dia em que pendurarem as palhetas e baquetas.

Tendo lançado seu primeiro álbum em 1996 e se tornado nome presente em praticamente todos os festivais de punk rock do planeta, o grupo adquiriu experiência e uma base de fãs importante o suficiente para que trabalhasse em seus próprios termos.

Em seu novo disco, American Spring, a banda volta a falar das políticas do seu país de origem, principalmente no que diz respeito às guerras mundo afora, apostando sempre na divisão de vocais entre Justin Sane e Chris #2, que se complementam e dão uma mecânica bastante própria ao grupo.

Novidades mesmo só aparecem no álbum na forma da Spinefarm Records, gravadora onde o Anti-Flag aparece pela primeira vez para lançar seu nono disco, e na participação de Tim Armstrong (Rancid, Transplants) na ótima “Brandenburg Gate”.

A música, aliás, é o carro chefe do álbum e traz uma interessante mistura de punk rock com rock’n’roll mais clássico, orientada a um refrão que gruda na cabeça logo à primeira audição.

Outros bons pontos de American Spring são canções como “Sky Is Falling”, que tem a cara do Anti-Flag, e “Without End”, que traz novos elementos à sonoridade do grupo, talvez influenciado pelas aventuras de Chris #2 com o rock alternativo e o indie na banda White Wives.

Ao final das contas, o novo disco do Anti-Flag não deve figurar na lista dos melhores do ano ao final de 2015, mas muito provavelmente vai saciar a sede dos fãs com boas faixas que compõem um trabalho digno dentro do seu nicho.