Música

Cedric Bixler-Zavala chegou a gastar mil dólares por semana com maconha

Músico conhecido por At The Drive-In, The Mars Volta e Antemasque fala sobre como parou de fumar maconha.

Cedric Bixler-Zavala, músico conhecido principalmente por seus papeis como vocalista de At The Drive-In, The Mars Volta e mais recentemente Antemasque, deu uma entrevista para a Vulture e fez uma revelação bastante interessante.

Em um especial da publicação sobre o uso de drogas, Cedric disse que durante um período da carreira, chegou a gastar nada mais, nada menos, do que mil dólares por semana em maconha, tudo isso porque achava que sua criatividade se beneficiava do uso:

Eu era um monstro. Gastava mil dólares por semana em maconha, e todo mundo que estava comigo na banda à época fumava tanto quanto eu. Há tantos comportamentos estúpidos causados pela maconha, mas eu sempre tinha aquele clichê: eu preciso disso para minha criatividade. Eu percebi que ao final das contas, a criatividade só vem de você. Não vem da maconha. Hoje em dia, o material que a pessoa está fumando nem é cultivado naturalmente da terra, enfim, é basicamente alterado para te foder muito.

Eu nem sei como algumas pessoas conseguem ser funcionais depois de fumar essa parada. E é tão fácil conseguir e comprar hoje em dia. Eu me sinto mal porque estava indo às lojas para comprar e eu via pacientes com AIDS e câncer lá – e cá estou eu, comprando um monte, mas nem precisava. Eu só achava que precisava. Eu usava para formar essa bolha chapada que me ajudava a justificar o fato de que não queria interagir com as pessoas.

Em termos musicais, veja o Grateful Dead. Sou grande fã da banda, mas há aspectos do Grateful Dead que eu amo hoje em dia que não fumo mais, que são o oposto do que eu gostava. Agora eu me encontro tipo, “Me dê o refrão!” Quando eu fumava, provavelente poderia ouvir Infrared Roses no repeat.

Isso é ótimo! É maravilhoso! Quero dizer, não é ruim. É interessante, é uma aventura legal na arte, mas agora eu quero ouvir o núcleo da música, o núcleo do que alguém está tentando comunicar. Como eu era tão maconheiro, não me comunicava muito e tentava ser difícil só pelo fato de ser difícil.

O lance é, fumar maconha era parte da minha identidade. Minha personalidade amava o efeito da maconha. Mas por que? Eu percebi: sei o que vai acontecer quando eu fumar, sei como vou ficar com fome, sei quanto dinheiro vou gastar, sei que nunca vou ficar tão chapado quanto da primeira vez, então por que ainda estou fazendo isso? Eu não quero que toda minha arte e minha vida sejam definidas pela maconha. Quero ser conhecido como alguém que cresceu um pouco.

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