Música

Paul McCartney: "John Lennon era paranoico"

Em longa entrevista para a Esquire, Paul McCartney fala sobre aposentadoria, fãs, carreira, paranoia de artistas, John Lennon e Beatles. Leia!

Paul McCartney é a capa da edição de Agosto da revista Esquire e deu uma longa entrevista para a publicação.

Lá, falou a respeito de vários aspectos da carreira, e foi questionado sobre suas motivações para continuar fazendo música, mesmo após tanto tempo e tantos sucessos:

São dois motivos: eu amo fazer o que faço e é meu trabalho. Três motivos: o público. Você canta algo e recebe esse incrível calor de volta, uma adoração. E quem não gosta disso? É maravilhoso. Além disso, a banda é muito boa. E tendo dito que havia três respostas, agora são quase sete. Outra coisa é que eu meio que reviso minhas músicas, e elas foram lançadas há muito tempo. Então se estou cantando “Eleanor Rigby”, sou eu revisando o trabalho de um cara de vinte e poucos anos e pensando, “Wow, isso é bom.”

Sobre ter pensado em se aposentar, Paul ainda falou:

Sentar em casa e assistir à televisão? É isso que as pessoas fazem, cara. Jardinagem, golf… não, obrigado. Ocasionalmente eu penso, “Você já deveria estar de saco cheio, deveria estar saturado.” Meu empresário, que não tenho mais, ainda bem, sugeriu há um tempo que eu me aposentasse aos 50. Eu pensei , “Oh, Deus, ele pode estar certo.” Mas eu ainda gosto de compor, gosto de cantar. Vou fazer o que? Você vê tantas pessoas que se aposentam e aí imediatamente se acabam.

Mesmo após todos esses anos de carreira, é normal que Paul ainda lide com os mais diversos tipos de sentimentos em relação à sua música, e a equipe da revista perguntou se ele ainda sente que tem algo a provar. Ao falar sobre o assunto, McCartney mencionou seu saudoso colega de Beatles, John Lennon:

Sim, toda hora. E é um sentimento besta. E às vezes eu converso comigo mesmo e digo, “Espera um minuto: olhe para essa pequena montanha de conquistas. Há várias delas. Não é suficiente?” Mas talvez eu pudesse fazer um pouco melhor. Talvez eu pudesse compor algo que seja mais relevante ou novo. E isso sempre te leva pra frente. Quero dizer, eu nunca senti algo tipo, “Oh, mandei bem.” Ninguém sente. Mesmo no ápice dos Beatles. Eu prefiro pensar que há algo que não estou fazendo certo, então trabalho constantemente nas coisas. Eu sempre fui, nós sempre fomos, quero dizer, veja John [Lennon], uma massa de paranoia e preocupações sobre o fato de estar fazendo algo certo. É só ouvir suas letras. Eu acho que acontece com artistas em geral.

Você pode ler a longa matéria da Esquire com Paul McCartney clicando aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=WPEr_FYh7ZA