Música

Sofar + Secret Festival reúne grandes bandas independentes em São Paulo

Em nova edição realizada em dois pontos da capital paulista, o Sofar Secret Festival reuniu 10 bandas, 3 DJs e algumas sessões de cinema em um bom domingo.

sofarsecret (26 de 35)

Fotos por Jayne Andrade

Não custa dizer de novo: o rock nacional está vivo, forte e decidido, mas quem tem preguiça de olhar não vê. Mais uma das milhares de provas que temos para essa sentença é a quantidade de bandas boas (e sua diversidade sonora) que o Sofar Secret Festival reuniu em dois endereços do bairro de Pinheiros, no último domingo, em São Paulo.

Separados em dois palcos, o “Electric” com Michel LimaSimonamiDingo BellsVentreEsperanza Inky em um lado e o “Acoustic” com Lenna BahuleGrecco Buratto, Versos que Compomos Arthur Mattos & Hélio Flanders em outro, os artistas mostraram um pouco de seus trabalhos em pocket-shows que fizeram quem estava por lá dançar e cantar até o fim da noite.

No intervalo entre um show e outro, DJs se revezavam para fazer o som em um dos espaços, enquanto o outro recebia sessões de cinema, com direito a almofadinhas na grama e pôr do sol. Tudo isso no meio dos arranha-céus paulistanos e da movimentada Av. Rebouças, mas ainda assim, em um clima de tranquilidade digno de um bom domingo. Saiba como foram alguns dos shows.

Lenna Bahule

sofarsecret (9 de 35)

Natural de Moçambique, a musicista Lenna Bahule foi a primeira a se apresentar no palco “Acoustic” do Festival. A cantora mostrou com seu ritmo e alegria que a música é muito mais do que um conjunto de instrumentos ajudando um vocal a se perpetuar: ela pode ser feita de toques, de batuques, das mãos, pés, do corpo que sapateia, busca sons e ajuda a garganta a cantar.

Bahule, que está na fase final da campanha de financiamento coletivo para o lançamento de seu primeiro disco, Nômade, apresentou algumas de suas composições que misturam o tsonga ao português, brincou e conversou com a plateia. Clique aqui para conhecer seu trabalho e aqui para ajudar na campanha para o lançamento do disco da moça.

Dingo Bells

sofarsecret (21 de 35)

Trabalhando as músicas do recém lançado Maravilhas da Vida Moderna, a banda Dingo Bells foi uma das surpresas boas do Sofar+Secret Festival. Mostrando as principais canções do trabalho, Rodrigo Fischmann, Felipe Kautz e Diogo Brochmann ganharam o público com sua versatilidade e músicas como “Dinossauros”“Anéis de Saturno” “Todo Nó” ganharam simpatia dos presentes que se abarrotaram no estúdio para ver a banda de perto.

O destaque da apresentação pocket foi para “Eu Vim Passear”, que o público acompanhou com palmas e tentando cantar.

Arthur Mattos & Hélio Flanders

sofarsecret (23 de 35)

folk-indie de Arthur Mattos ganhou o palco “Acoustic” do Sofar+Secret Festival quando a noite já havia caído. O show, última apresentação do palco, mostrou as músicas do segundo disco do cantor de Aracajú, Accidental Light, misturadas à algumas antigas do Seu Lugar. 

Um dos momentos mais bonitos da apresentação aconteceu em seu final: o cantor Hélio Flanders subiu ao palco para uma participação especial. A canção escolhida foi “Summer Day”, que ganhou a voz e a gaita de Flanders.

Esperanza

sofarsecret (30 de 35)

O Esperanza mudou de nome, de sonoridade e até de formação, mas sua essência continua ali: foi esse o resumo da apresentação da banda no Sofar+Secret Festival.

A apresentação mostrou em primeira mão algumas músicas do mais recente disco do grupo, Z, segundo com o novo nome, e inclusive com algumas letras já na ponta da língua do público. É o caso de “Vem Pra Ficar”, carro chefe do trabalho de Artur, Wonder João. A curta apresentação mostrou que a banda ainda tem muito o que exibir do disco novo.

Inky

sofarsecret (31 de 35)

Para finalizar a edição do Sofar em grande estilo, o Inky subiu ao palco. Com releituras de suas próprias canções, do elogiadíssimo Primal Swag, a banda formada por Luiza, Guilherme, Stephan Victor iniciou o show com o estúdio já quase vazio, pois o domingo estava acabando e os presentes já queriam ir para casa. Mas os primeiros acordes do electro-pop / rock’n’roll da banda atraíram quem já estava saindo e o estúdio voltou a se encher.

“Would You”“Ice O’Lator”“Tricky Manners” e até uma versão revisitada de “Echoes in the Grove” agitaram o público que não conseguiu não dançar até a última nota do sintetizador.