Música

Sofar + Secret Festival reúne grandes bandas independentes em São Paulo

Em nova edição realizada em dois pontos da capital paulista, o Sofar Secret Festival reuniu 10 bandas, 3 DJs e algumas sessões de cinema em um bom domingo.

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Fotos por Jayne Andrade

Não custa dizer de novo: o rock nacional está vivo, forte e decidido, mas quem tem preguiça de olhar não vê. Mais uma das milhares de provas que temos para essa sentença é a quantidade de bandas boas (e sua diversidade sonora) que o Sofar Secret Festival reuniu em dois endereços do bairro de Pinheiros, no último domingo, em São Paulo.

Separados em dois palcos, o “Electric” com Michel LimaSimonamiDingo BellsVentreEsperanza Inky em um lado e o “Acoustic” com Lenna BahuleGrecco Buratto, Versos que Compomos Arthur Mattos & Hélio Flanders em outro, os artistas mostraram um pouco de seus trabalhos em pocket-shows que fizeram quem estava por lá dançar e cantar até o fim da noite.

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No intervalo entre um show e outro, DJs se revezavam para fazer o som em um dos espaços, enquanto o outro recebia sessões de cinema, com direito a almofadinhas na grama e pôr do sol. Tudo isso no meio dos arranha-céus paulistanos e da movimentada Av. Rebouças, mas ainda assim, em um clima de tranquilidade digno de um bom domingo. Saiba como foram alguns dos shows.

Lenna Bahule

Natural de Moçambique, a musicista Lenna Bahule foi a primeira a se apresentar no palco “Acoustic” do Festival. A cantora mostrou com seu ritmo e alegria que a música é muito mais do que um conjunto de instrumentos ajudando um vocal a se perpetuar: ela pode ser feita de toques, de batuques, das mãos, pés, do corpo que sapateia, busca sons e ajuda a garganta a cantar.

Bahule, que está na fase final da campanha de financiamento coletivo para o lançamento de seu primeiro disco, Nômade, apresentou algumas de suas composições que misturam o tsonga ao português, brincou e conversou com a plateia. Clique aqui para conhecer seu trabalho e aqui para ajudar na campanha para o lançamento do disco da moça.

Dingo Bells

Trabalhando as músicas do recém lançado Maravilhas da Vida Moderna, a banda Dingo Bells foi uma das surpresas boas do Sofar+Secret Festival. Mostrando as principais canções do trabalho, Rodrigo Fischmann, Felipe Kautz e Diogo Brochmann ganharam o público com sua versatilidade e músicas como “Dinossauros”“Anéis de Saturno” “Todo Nó” ganharam simpatia dos presentes que se abarrotaram no estúdio para ver a banda de perto.

O destaque da apresentação pocket foi para “Eu Vim Passear”, que o público acompanhou com palmas e tentando cantar.

Arthur Mattos & Hélio Flanders

folk-indie de Arthur Mattos ganhou o palco “Acoustic” do Sofar+Secret Festival quando a noite já havia caído. O show, última apresentação do palco, mostrou as músicas do segundo disco do cantor de Aracajú, Accidental Light, misturadas à algumas antigas do Seu Lugar. 

Um dos momentos mais bonitos da apresentação aconteceu em seu final: o cantor Hélio Flanders subiu ao palco para uma participação especial. A canção escolhida foi “Summer Day”, que ganhou a voz e a gaita de Flanders.

https://soundcloud.com/arthurmatos

Esperanza

O Esperanza mudou de nome, de sonoridade e até de formação, mas sua essência continua ali: foi esse o resumo da apresentação da banda no Sofar+Secret Festival.

A apresentação mostrou em primeira mão algumas músicas do mais recente disco do grupo, Z, segundo com o novo nome, e inclusive com algumas letras já na ponta da língua do público. É o caso de “Vem Pra Ficar”, carro chefe do trabalho de Artur, Wonder João. A curta apresentação mostrou que a banda ainda tem muito o que exibir do disco novo.

Inky

Para finalizar a edição do Sofar em grande estilo, o Inky subiu ao palco. Com releituras de suas próprias canções, do elogiadíssimo Primal Swag, a banda formada por Luiza, Guilherme, Stephan Victor iniciou o show com o estúdio já quase vazio, pois o domingo estava acabando e os presentes já queriam ir para casa. Mas os primeiros acordes do electro-pop / rock’n’roll da banda atraíram quem já estava saindo e o estúdio voltou a se encher.

“Would You”“Ice O’Lator”“Tricky Manners” e até uma versão revisitada de “Echoes in the Grove” agitaram o público que não conseguiu não dançar até a última nota do sintetizador.

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