Resenha: Lamb Of God - VII: Sturm und Drang

Banda volta à ativa com um disco interessante repleto de bons momentos.

Resenha: Lamb Of God - VII: Sturm und Drang

Era realmente uma dúvida o futuro do Lamb Of God há alguns momentos atrás no tempo. Uma banda que já tinha pavimentado o seu nome entre os principais de uma “nova” geração de música pesada e que enfrentou problemas graves com com seu vocalista Randy Blythe, acusado de ter causado a morte de um fã da banda na República Tcheca em um show em 2010. Preso dois anos depois, quando retornou ao país para tocar, foi julgado e inocentado, mas os custos de todo o processo forçaram a banda a um hiato. Além disso, o baixista John Campbell precisou se afastar da banda em 2013 por problemas familiares.

Num habitat como esse, a criação de um álbum provavelmente significou a permanência na lucidez mental dos integrantes do Lamb Of God. VII: Sturm und Drang (que significa algo como “tempestade e estresse”) é um álbum que transpira violência, tanto nas linhas de voz extremamente pesadas, quanto nos riffs que, sem perder as características mais atuais da banda, remeteram ao passado raivoso de As The Palaces Burn.

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O álbum abre com a ríspida “Still Echoes”, que com suas potentes linhas de bateria já soa como uma parede pesada batendo na cara do ouvinte. Uma ótima canção com certeza. “Erase This” continua o espancamento em uma sonoridade que mistura partes rápidas a um groove comum do Lamb Of God com seus clássicos riffs com pausas.

Em homenagem à cela da prisão ocupada por Randy, “512” tem uma levada mais arrastada e há mais melodia nas guitarras dessa música. A ótima letra começa declamada na primeira parte da música que logo passa a ser cantada com puro ódio na parte seguinte, com um refrão onde Randy berra de forma pouco comum.

“Embers” mistura pegada e groove e traz uma empolgante participação de Chino Moreno (Deftones); “Footprints” continua de forma reta o “bate estaca” do álbum e desemboca na inesperada “Overlord”, uma balada pesada que mostra influências de Alice In Chains em linhas de voz limpas em toda a primeira parte da música sobre dedilhados. A segunda parte da música é como o despertar de um sono tranquilo em meio ao pânico. Peso sujo!

O álbum fecha com “Torches” com a participação de outro monstro da música insana: Greg Puciato do Dillinger Escape Plan. Definitivamente uma música magnífica. Arrastada, emocionante em meio aos berros “I am the inferno, I am legion”. Um final que nos leva a ouvir novamente o álbum!

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