Sábado
Foto: Patrick Beaudry
Assim que cheguei no Jean Drapeau para o segundo dia de festival, o Young the Giant estava começando a tomar o palco. Ao contrário do que aconteceu no Lollapalooza Brasil, a apresentação da banda logo no começo da tarde foi a hora perfeita para colocar todas as pessoas que estavam perto do palco principal para pular. Com muita empolgação, os membros conduziram um set de 45 minutos muito bem preparado, e surpreenderam com músicas agitadas e muita habilidade. O cantor da banda, Sameer Gadhia, até mesmo disse que o Osheaga era “10 vezes melhor” que o Lollapalooza e que se eles pudessem, sempre tocariam ali.
Logo após o show, a queridíssima St. Vincent subiu no palco principal com uma apresentação muito curiosa. Envolvendo pop, indie e até mesmo guitarras altamente distorcidas, a cantora assustou muitas pessoas que estavam ali presentes e não conheciam seu trabalho. Porém, as coreografias, sorrisos e energia de Annie Clark contagiaram boa parte do público e tornaram a sua apresentação em uma das mais memoráveis do festival. Isso não foi muito novidade, sendo que aqui nós já tínhamos falado que a guitarrista havia feito um show belíssimo no Lollapalooza Brasil.
Perto do final da tarde, foi a vez de Ben Harper realizar seu show. Novamente reunido com a talentosa banda de apoio The Innocent Criminals (com quem o guitarrista não tocava há quase 8 anos), seu show foi muito bem recebido pelo público, apesar de que a maioria das pessoas presentes no local já estivessem somente esperando as atrações principais da noite. Em meio a muitos solos de guitarra, baixo, bateria e até mesmo bongôs, o (curto) show foi bem divertido.
Assim que a apresentação do Interpol começou, uma chuva tomou conta do parque. Felizmente, isso não foi o suficiente para desanimar as pessoas de um bom show de rock. Paul Banks e o resto da banda não tentaram se comunicar muito com a plateia. Porém, o público parecia não se importar, enquanto cantavam a plenos pulmões todos os hits do grupo.
Foto: Vanessa Leclair
Logo antes do Weezer entrar no palco (enquanto os técnicos passavam o som dos instrumentos), Rivers Cuomo e Scott Shriner subiram ao palco para… jogar frisbee. Pequena “resenha” da atividade: Rivers é um ótimo arremessador, porém não consegue apanhar os frisbees tão bem. Já Shriner poderia muito bem se passar por um jogador profissional de frisbee.
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Após serem liberados — Patrick Watson havia terminado o seu show –, a banda subiu ao palco e fez milhares de fãs muito felizes ao tocarem alguns dos maiores hits da banda. A maior infelicidade foi que o tempo de apresentação era muito curto (apenas uma hora), então incontáveis ótimas faixas tiveram que ficar de fora do setlist. O grupo atraiu muitos fãs, que cantavam todas as canções como se não houvesse amanhã.
Alguns momentos mágicos aconteceram durante o show — em “Perfect Situation”, Mia Cuomo, filha de Rivers, subiu ao palco para tocar teclado. Logo após, o filho mais novo do frontman também subiu ao palco, e destruiu num solo com sua guitarra inflável. Na última música do set, o clássico “Buddy Holly”, as duas crianças voltaram a se juntar à banda, encantando ainda mais todo o público do local.
Foto: Patrick Beaudry
Para fechar a noite, ninguém menos que Kendrick Lamar começou sua apresentação de uma hora e meia tocando a faixa “Money Trees”, de seu segundo álbum de estúdio. Aliás, o rapper tocou quase todas as músicas do disco good kid, m.A.A.d city durante o show, o que desapontou um pouco — tendo em vista que o novo álbum do cantor é basicamente uma obra-prima e forte candidato à melhor disco do ano.
Porém, isso não diminuiu a grandeza que foi a apresentação de Lamar. Com muita energia (tanto do cantor quanto da plateia), o show foi facilmente um dos melhores do dia. Kendrick sabe muito bem comandar uma audiência, e a plateia surpreendeu o músico enquanto cantava trechos de “Alright” entre uma música ou outra. Após muitos elogios, o rapper resolveu atender aos pedidos e fez algo ainda mais surpreendente nessa hora: chamou o grande Mos Def ao palco.
Também conhecido como Yasiin Bey, o rapper passou boa parte da música dançando ao lado de Lamar, e ao pegar o microfone falou algumas bonitas palavras e cantou um trecho da faixa. Kendrick aproveitou para dizer que Mos Def foi uma grande inspiração em sua vida, e logo em seguida fechou o show com a faixa “Compton”.
Vire a página e veja quem tocou no terceiro dia!