Lojas de discos apostam em diversidade e estilo de vida nos EUA e Europa

Com o aumento nas vendas de vinis, espaços se modernizaram para oferecer mais aos clientes.

Quem coleciona já sabe: o vinil é mais que um simples formato para se ouvir música. É um estilo de vida. E é nisso que estão apostando vários donos de lojas de discos nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, que modernizaram seus espaços para oferecer aos clientes não apenas os últimos lançamentos de artistas novos e renomados, mas também um lugar onde podem passar o tempo entre a rotina de casa para o trabalho.

“Este era o papel original de uma loja de discos. Ser mais do que um ponto de compras… ser um lugar de congregação para mentes criativas (…), apelando para todas as idades e gostos musicais”

Essa tendência tem sido incentivada, sobretudo, pelo interesse crescente dos jovens pelos antigos “bolachões”. “Este era o papel original de uma loja de discos. Ser mais do que um ponto de compras… ser um lugar de congregação para mentes criativas (…), apelando para todas as idades e gostos musicais”, revelou Stephen Godfroy, co-proprietário da Rough Trade Shop, à CNN International.

Apesar da liderança disparada dos serviços de streaming e vendas de álbuns online, Godfroy afirma que a loja, que existe desde a década de 1980, está indo bem, apesar de quase ter desaparecido quando entrou com um pedido de falência no ano de 1991. Ele acredita que o acesso fácil à música pela internet está ocasionando uma procura pelos formatos físicos, dos quais o vinil parece ser o mais atraente.

De fato, as vendas de LPs têm se superado a cada ano que passa. Em 2014, o mercado atingiu um pico, crescendo 54% em relação a 2013, puxado principalmente por países como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. Entre os discos mais comprados pelos americanos no ano passado, por exemplo, estão Lazaretto, do Jack White, AM, do Arctic Monkeys, além do clássico dos Beatles Abbey Road.

Esses números ainda representam uma pequena fração do total do consumo de música no mundo, mas já ajuda lojas como a Rough Trade a investir em outros produtos de interesse dos clientes. Além do vinil, o espaço agora abriga estandes de editoras de livros e até acessórios para bicicletas. “Temos sido mais ousados do que a maioria quando se trata de redefinir o que uma loja de discos pode ser”, conclui Godfroy.

Esperamos que iniciativas assim não demorem para aparecer no Brasil.

Fonte: CNN International