Royal Blood mostra cartão de visitas no palco principal do Rock In Rio

Fotos por TMDQA! / Lucas Dumphreys

Nunca é uma tarefa fácil tocar no palco principal de um festival, principalmente quando estamos falando das maiores plateias do mundo.

Some isso ao fato da atração principal da noite ser o Metallica e fãs da banda estarem na grade há algumas horas, e é um desafio daqueles, para qualquer banda, encarar mais de 80 mil pessoas.

Pois o jovem duo britânico Royal Blood subiu ao Palco Mundo no segundo dia do Rock In Rio e se sentiu muito à vontade para mostrar as músicas do primeiro e único disco, homônimo, lançado em 2014.

Antes de tudo é preciso explicar a formação da banda: enquanto Ben Thatcher é o baterista, Mike Kerr é o responsável pelo vocal e também pelo baixo. O detalhe é que ele usa pedais, amplificadores e diferentes afinações para que, na maioria do tempo, o baixo soe como uma guitarra, e o resultado é uma sonoridade bastante própria.

Apostando em influências do hard rock, stoner, blues/rock e rock alternativo, o Royal Blood faz desse jeito um sonzão daqueles de deixar feliz qualquer um que seja fã do bom e velho rock and roll.

A banda formada em 2013 era a mais jovem e a menor em um palco tão gigantesco quanto o do Rock In Rio, mas ainda assim conseguiu prender a atenção das pessoas para seus riffs hipnotizantes em músicas como “Come On Over”, “Figure It Out”, “Little Monster” e “Ten Tonne Skeleton”.

Se muita gente ainda não dava o braço a torcer, da metade do set para a frente o grupo foi ganhando mais fãs e gritos de “Royal Blood” passaram a ser ouvidos com frequência. Havia aqueles que, é claro, ainda absorviam a sonoridade da banda e os que ficaram boa parte da apresentação tentando entender como um som tão potente vinha a partir de um baixo.

Fato é que os jovens garotos britânicos conquistaram o Rock In Rio e ao final jogaram para a torcida ao iniciarem uma jam em “Out Of The Black” e tocarem o riff de “Iron Man”, do Black Sabbath, no meio.

A gente bem que avisou.

Setlist