Corin Tucker (Sleater-Kinney) entrevista Lauren Mayberry (CHVRCHES) sobre música, sexismo e mais - leia

Vocalistas conversam sobre temas variados em matéria para a revista Interview.

Corin Tucker (Sleater-Kinney) entrevista Lauren Mayberry (CHVRCHES) sobre música, sexismo e mais - leia

Lançado no final do mês passado, Every Open Eyesegundo disco do grupo pop CHVRCHES vem sendo bem recebido por público e crítica.

Para comemorar o lançamento do novo álbum, a vocalista Lauren Mayberry foi entrevistada por Corin Tucker, da banda Sleater-Kinney, em matéria para a revista norte-americana Interview.

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Abaixo você lê alguns trechos selecionados da entrevista, que pode ser acessada na íntegra (em inglês) aqui.

Perguntada sobre seus autores ou poetas favoritos, Lauren conta:

Tenho relido o livro “Full Frontal Feminism”, de Jessica Valenti. Tenho lido também “Between the World and Me”, de Ta-Nehisi Coates; eu o vi no “The Daily Show” falando sobre o livro e tive de comprá-lo imediatamente. Aí o “The Daily Show” acabou, e eu fiquei bem triste. Senti como se tivesse chorado por uma semana.

Anne Carson e Angela Carter também são pessoas que tenho muito carinho porque elas têm jeitos tão únicos de contar histórias. Eu acho que lendo apenas algumas linhas de texto você consegue definir o tom, e isso é algo que amo em escritores de prosa, mas também em letristas. É como eu me sinto com vocês [Sleater-Kinney]; Sempre posso identificar as melodias ou letras como sendo de vocês.

Quando Corin pergunta sobre seu jeito de compor, Lauren diz ter um livro de anotações e escrever nele com bastante frequência:

Quando estou andando por aí ou quando estamos em turnê, eu escrevo palavras ou frases [no livro]. Nós costumamos escrever a música primeiro, com uma melodia folk bagunçada. Acho que poderia ser um lançamento bônus engraçado algum dia – todas as coisas sem noção que eu escrevo. Eu tenho 400 músicas do Chvrches no meu computador onde canto distraída, só para que haja uma voz lá. E é tipo, “o que é isso?”. É horrível. Eu lembro no começo, houve um período de duas semanas no qual não conseguia fazer nada. Eu começaria a escrever algo e ficar tipo, “eu não gosto disso”. Eram dois passos à frente e um para trás. Acho que eu empurrei o teto em um certo momento. Então, finalmente, a escrita veio bem rápido, o tema do álbum ficou bem construído – é o que espero – e só demorou muito para ser começado. Acho que eu estava pensando demais.

Também há um trecho onde Lauren e Corin conversam – com opiniões bastante parecidas – sobre sexismo e misoginia. Vale lembrar que a vocalista do trio pop foi pedida em casamento por um fã em um show recente, atitude que desaprovou.

Fiz uma entrevista hoje com um jornalista britânico relativamente respeitado e ele me perguntou (de verdade), “Você acha que gostaria de tirar um tempo de folga nos próximos anos para se concentrar em sua vida pessoal? Não sei se você tem um parceiro romântico, mas já considerou como conciliaria filhos com a vida de turnê?”. Nunca me perguntaram isso antes e eu fiquei tipo, “Bem, amigo, isso não é da sua conta”.

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