Música

Resenha: Skank em Belo Horizonte

Banda celebra aniversário de quatro bares da capital mineira com show repleto de hits e favoritas dos fãs. Veja como foi.

Resenha: Skank em Belo Horizonte

Por Regiane Avelar

Já é unanimidade para os integrantes da banda que o show em Belo Horizonte é diferenciado.

E que me desculpem os fãs de outras cidades e estados, mas é preciso se conformar. E com esse toque diferenciado e várias opções musicais na mesma noite de 23 de Outubro – de Latino a Sandy, passando por Los Hermanos – a banda mineira Skank reuniu cerca de quatro mil pessoas em um show intimista, alto astral e recheado de cumplicidade com os fãs de casa.

O show faz parte da turnê “Velocia”, nome do mais recente disco lançado pela banda ano passado, e esta foi a segunda exibição em Belo Horizonte. “A noite” é o hit escolhido neste novo trabalho para abertura dos shows, seguida de “Do mesmo jeito”, sucesso que já está na boca da galera, além de “Alexia” e “Ela me deixou”.

A melodia “Esquecimento”, gravada em Londres e que está consagrando o novo álbum e já é  hit nas rádios do país, tem sido um verdadeiro espetáculo. No palco, a cenografia é uma galáxia estrelada, na plateia, com celulares ligados, flashes e câmeras o público canta em uma só voz.

A turnê já não é mais novidade para o público que já decorou, não bastasse as letras, o set list do show. É isso mesmo! E tem até fã seguindo a banda em outros estados, motivo de piada interna durante o show entre a banda e um grupo seleto de seguidores do fã-clube Skanbelô – primeiro do Brasil – que viaja várias cidades pela simples alegria de estar com os ídolos.

Com essa proximidade dos fãs de todo Brasil, a banda Skank foi surpreendida pela presença de integrantes, particularmente o fã-clube Sutilmente, do Rio de Janeiro. Outro motivo para brincadeiras e descontração com o público, quando Samuel Rosa, aproveitou a deixa e fez referência, ainda, aos fã-clubes de São Paulo (Skankarados) e Salvador (Los Skankeiros).

Sentindo-se em casa, Samuel Rosa puxou um baile e fez até dancinha no palco. Tudo isso ao som da “cozinha italiana” formada pelo baixista Lelo Zaneti e pelo baterista Haroldo Ferretti, acompanhados pelos músicos convidados – que já são parte da banda – Doca Rolim, Pedro
Aristides, Vinícius Augusto e Paulo Márcio.

“Jackie Tequila” durou quase oito minutos e foi aquela sintonia entre pista, arquibancada, camarote e área vip. A versão desta música na turnê Velocia tem uma novidade interessante: durante a execução, está sendo incluso um trecho de “Chega Disso!”, do álbum Calango (1994). Durante toda a música houve exibição ao vivo pelo app Periscope.

Ainda na sessão ‘o que não pode faltar no show do Skank’: “É proibido fumar”, “Garota Nacional” e “Saideira”.

Enquanto o vocalista fez uma pequena pausa para água, o tecladista Henrique Portugal comandou o público com uma performance lançada, ao vivo, no Mineirão, quando da gravação do último DVD.

“Wonderwall”, de Oasis, já foi incorporada nesta turnê 2015. E a cada vez, os mineiros estão mais afinados e mais empolgados para tocá-la.

Para fechar o show, Samuel despediu ao som de “Vamos Fugir”. E para alegria geral do público eles voltaram com “Resposta”, enquanto o público pedia “Tanto”. E como o show era especial, em casa, ela não ficou de fora! “Não tem como o Skank tocar em BH e não cantar essa música, que marcou tanto a nossa carreira“.

Emendada em “Tão Seu”, assim terminou o show, que durou quase duas horas e aconteceu na Arena Minas Tênis Clube em comemoração ao aniversário de quatro bares da cidade: Armazém Medeiros, Boi Lourdes, Monjardim e Nosso Botequim – ótimas opções para quem quiser vivenciar a “capital dos botecos” e desfrutar de boa gastronomia.

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