40 – Passo Torto e Ná Ozzetti
Thiago França
Thiago França, o terceiro álbum do Passo Torto, dá continuidade à proposta do quarteto em subverter composições simples através de arranjos ácidos e distantes das fórmulas previsíveis da música popular. A diferença aqui são os vocais de Ná Ozzetti, que não só casam bem com a proposta do grupo, como dão um novo brilho ao inconformismo de um dos projetos mais ricos da música brasileira recente.
Link: Passo Torto
39 – Kung Fu Johnny
Day By Day
Ratificando a qualidade da cena musical independente do Rio Grande do Norte, tivemos o novo disco da Kung Fu Johnny. Day By Day veio após a banda ter acabado e voltado em seguida. Com influências do blues rock e stoner, o registro mostra uma clara evolução e maturidade em relação ao seu trabalho anterior. Tá aí um caso em que o hiato só fez bem.
Link: Kung Fu Johnny
38 – Maria Gadú
Guelã
Após uma longa pausa, Maria Gadú voltou com sua voz ferrenha e mais doçura do que nunca, mostrando mais experiência, mais riscos e mais segurança. Além de se arriscar (com sucesso) na produção do trabalho e lançar um único cover (para a maravilhosa “Trovoa”, de Maurício Pereira), a cantora ainda incluiu novos instrumentos, lançou mão da guitarra e criou com a liberdade de quem sabe o que quer.
Sintonizada em seu tempo e sem medo de mudar, a cantora incluiu seu nome entre os destaques de um 2015 que mostrou muita coisa boa.
Link: Maria Gadú
37 – This Lonely Crowd
Meraki
Em mais um grande lançamento do selo Sinewave, a banda This Lonely Crowd mostrou que o post-rock/shoegaze brasileiro anda muito bem em 2015 com um álbum de arrepiar. Em 2014 a banda já havia aparecido por aqui com seu terceiro disco de estúdio e os 44 minutos de Meraki só prova que os curitibanos sabem muito bem o que estão fazendo.
Link: This Lonely Crowd
36 – Chico César
Estado de Poesia
Chico César se uniu à iniciativa Natura Musical e o sempre competente pessoal do Laboratório Fantasma para lançar Estado De Poesia. No disco, como o próprio cantor revelou, a ideia era misturar elementos brasileiros à sonoridade universal, e deu certo: samba, forró e reggae conversam muito bem em 14 canções com a marca de um dos artistas nacionais mais interessantes.
Link: Chico César
35 – Helio Flanders
Uma Temporada Fora de Mim
Em seu primeiro trabalho solo, Helio Flanders mostrou um lado ainda mais intimista, de lirismo exacerbado e forte carga dramática, e essa nova fase pode render outros ótimos frutos ademais do disco Uma Temporada Fora de Mim. Além da parceria com músicos argentinos que dão uma sonoridade especial ao registro, não há como não destacar a participação de Cida Moreira na deslumbrante “Dentro do Tempo que eu Sou”, que é certamente o ponto alto do álbum.
Link: Helio Flanders
34 – Mahmed
Sobre a Vida em Comunidade
Após um EP em 2013, a banda potiguar Mahmed reapareceu em 2015 com seu disco de estreia e mostrou – mais uma vez – muita competência. Lançado pelo selo Balaclava Records, Sobre a Vida em Comunidade é mais um ótimo representante do rock instrumental brasileiro, desenhado por flertes com o dream-pop e o post-rock.
Link: Mahmed
33 – Rodrigo Ogi
RÁ!
Nos últimos anos, o rap nacional tem se aproximado cada vez mais de nomes fortes da nova música popular brasileira, e o resultado tem sido fenomenal. Em RÁ!, Rodrigo Ogi conta com nomes como Juçara Marçal, Thiago França e Rael em um disco que fala tanto sobre temas pesados e sérios, como em “Correspondente de Guerra” quanto situações do cotidiano na cômica “Hahaha”.
Link: Rodrigo Ogi
32 – Siba
De Baile Solto
Depois do elogiado Avante (2012), a expectativa era alta para o lançamento de De Baile Solto, e Siba não decepcionou. A identidade singular do músico pernambucano se expressa em frases espetaculares de guitarra e letras sagazes como a da melancolia inconformada de “Marcha Macia” ou a poesia simples de “Mel Tamarindo”.
Link: Siba
31 – Duda Brack
É
Com identidade artística bem definida, a gaúcha radicada no Rio de Janeiro Duda Brack reconstruiu canções inéditas de nomes como Dani Black, Celso Viáfora, Carlos Posada e César Lacerda com a produção de Bruno Giorgi (Lenine, Cícero, Baleia). O resultado é um álbum tão belo e instigante quanto a capa do disco, que marca a estreia oficial de Duda Brack.
Link: Duda Brack