10 – Bike
1943
Em 2015 Julito Cavalcante (Macaco Bong) se aventurou por novos mares através do projeto Bike e mandou muito bem. Em 1943 não falta psicodelia e o músico faz referências a drogas, cosmologia de forma a prender o ouvinte em sua viagem particular, gravada por conta própria. A masterização do disco ficou por conta de Rob Grant (Tame Impala, Pond, Melody’s Echo Chamber) e foi como uma cereja no bolo do primeiro disco do Bike.
Link: Bike
09 – Lê Almeida
Paraleloplasmos
Paraleloplasmos é o melhor trabalho do carioca Lê Almeida, capitão da Transfusão Noise Records e figura exemplar na pequena mas insistente cena lo-fi do país. O disco passeia por extremos como o pequeno petardo “Meus Argumentos”, o sentimentalismo de “Voltando Pro Interior” ou a longa jam garageira de “Fuck the New School”, e mesmo assim flui com coesão, sem deixar o interesse cair.
Link: Lê Almeida
08 – Jair Naves
Trovões A Me Atingir
Em seu excelente segundo trabalho solo, Jair Naves parece estar em um lugar emocional mais tranquilo que seu disco anterior. Trovões a me Atingir é um álbum mais fácil de ser digerido, mais leve, mas ainda assim com as características marcantes do artista. Vale ressaltar que um dos muitos méritos do registro são as participações especiais de artistas de relevância na cena nacional. Nomes como Bárbara Eugênia, Camila Zamith, Guizado e Beto Mejia (Móveis Coloniais de Acaju), e os instrumentistas Raphael Evangelista (violoncelo) Caio e Igor Bologna (percussão) completam o time de peso.
Link: Jair Naves
07 – Cidadão Instigado
Fortaleza
Alardeado como um dos grupos mais inventivos do país na atualidade, o Cidadão Instigado não parece nada preocupado em corresponder a hype nenhum: o interesse é mesmo pela genuinidade do som, e mais uma vez a receita deu certo. Em Fortaleza, o projeto liderado por Fernando Catatau une a complexidade do rock progressivo à simplicidade da canção popular, com resultados interessantíssimos como “Dizem Que Sou Louco Por Você” e “Green Card”.
Link: Cidadão Instigado
06 – Maglore
III
III talvez seja o disco definitivo do Maglore. Não que o grupo não seja capaz de melhorar, pelo contrário – III é resultado justamente de uma evolução que não mostra sinais de esgotamento. A questão é que o álbum consegue soar pop de uma forma inteligente, criativa, e assim conversa com um público muito maior que o considerável séquito de fãs que o (agora) trio acumulava até aqui.
Link: Maglore