Fotos e texto por Doni Maciel
Provavelmente tudo que poderia ser dito sobre a passagem da lenda David Gilmour foi dito por todos os lugares onde a RATTLE THAT LOCK TOUR passou pelo Brasil, e se encerrou na noite de 16 de dezembro em Porto Alegre. O sentimento era um só: alma lavada. 40 mil pessoas presenciaram e se emocionaram com toda a magia da guitarra de Gilmour, eterno Pink Floyd.
Um verdadeiro encontro de gerações. Famílias inteiras reunidas, reverenciando uma obra passada de pais pra filhos, alguns não contiveram às lágrimas.
Faltando 5 minutos pras 21h, horário previsto para o início do show, as luzes se apagaram e começou o espetáculo com “5 A.M.”, faixa instrumental de Rattle That Lock. O primeiro grande momento de êxtase vem em “Wish You Were Here”. Não via-se uma pessoa que não manifestasse emoção à sua maneira.
As famosas moedinhas deram introdução à clássica pinkfloydiana “Money” na qual o saxofonista brasileiro João de Macedo Mello provou porque tem seu lugar ao lado da banda de Gilmour.
Antes da primeira pausa ainda houve tempo para “Us and Them” também do clássico The Dark Side Of The Moon, “In Any Tongue” e “High Hopes”, essa do último disco do Pink Floyd, The Division Bell de 1994 encerrando, digamos assim, o primeiro ato.
Após pausa de 20 minutos, os trabalhos se reiniciam com “Astronomy Domine”, seguida da belíssima “Shine On You Crazy Diamond”, muito reverenciada pelo público. Mais alguns bons momentos privilegiando o mais recente trabalho, e “Sorrow” e “Run Like Hell” pra que o guitarrista se voltasse à plateia em agradecimento, sob muitos aplausos e saísse do palco.
Mas um show desse porte, precisa de um bis. E ele foi atendido com “Time/Breathe (reprise) e finalizado com “Comfortably Numb”. Um espetáculo que ficará pra sempre na memória e no coração de cada um que esteve presente nessa noite mágica, de volta no túnel do tempo.