Os passos trilhados pela Krisiun em toda a sua história de vida dão orgulho a qualquer fã brasileiro de Death Metal, já que a banda é, sem sombra de dúvidas, uma das bandas mais autênticas e realmente talentosa do universo do metal atual.
A banda iniciou sua carreira em 1990 tendo lançado o seu primeiro álbum em 1995. Black Force Domain chamou (e ainda chama) a atenção das pessoas ao redor do mundo por conta do extremismo musical aliado à velocidade e a técnica.
O refinamento da Krisiun através dos álbuns é nítido. Em 2008 a banda lançou Southern Storm, álbum que conseguiu combinar perfeitamente os elementos que a banda vinha desenvolvendo há anos.
Em Forged in Fury podemos ouvir a união de elementos que podem soar contrastantes mas que funcionam perfeitamente nas mãos da Krisiun. O álbum soa cru, ríspido e ao mesmo tempo cristalino, técnico e muito furioso. O poder sonoro de “Scars Of Hatred” é algo inenarrável. Impossível não acompanhar a as levadas da música com a cabeça. “Ways Of Barbarism” segue o caminho de peso. Blast beats e riffs extremamente empolgantes se unem de forma simbiótica a um baixo poderoso e muito nítido na mixagem (algo incomum em álbuns de metal) e a linhas de voz agressivas e ao mesmo tempo nítidas.
Em “Dogma Of Submission” a banda traz estruturas que lembram seus trabalhos mais antigos na primeira parte da música, principalmente no que se diz respeito à forma com que a voz é cantada. A música então parte para algo mais cadenciado com riffs bem marcados até retornar rapidamente aos blast beats e cair em um solo melódico.
“Strength Forged In Fury” se inicia brutal. Um riff que explora um tempo quebrado realmente agressivo. Infelizmente a música cai novamente em uma levada mais lenta, repetindo um pouco a estrutura da música anterior o que deixa a audição do disco um pouco menos fluida.
“Soulless Impaler” se inicia com uma guitarra limpa até desembocar num riff poderoso e em uma bateria com um andamento mediano. As melodias da música bem marcadas são acompanhadas por um trabalho de muito bom gosto de bateria Max Kolesne que não permite que nenhuma música possa ser monótona.
“Timeless Starvation” é uma outra ótima canção. Infelizmente aqui, em algumas partes, o baixo mais aparente fez com que a guitarra perdesse um pouco da sua agressividade. E mais uma vez a banda se utilizou de uma estrutura musical que passa a ideia de ser repetitiva.
Em suma, mais um grande álbum de uma grande banda mas que infelizmente é um pouco cansativo de se ouvir por inteiro. Tenho certeza que ouvir suas músicas separadamente é uma experiência diferente, tendo em vista serem todas ótimas composições.