TMDQA! entrevista: MIXHELL

Conversamos com Iggor Cavalera sobre a sua banda ao lado da esposa, o MixHell, que faz turnê pelo Brasil em Dezembro. Leia.

Mixhell

Mixhell é o nome do projeto de Iggor Cavalera (Cavalera Conspiracy, ex-Sepultura) que mistura as suas batidas na bateria com as batidas eletrônicas de sua esposa, Laima Leyton.

Em Dezembro a banda, que hoje vive em Londres, irá se apresentar no Brasil em quatro shows nas cidades de Belo Horizonte (23), Americana (24), Florianópolis (25) e Pirenópolis (26), e conversamos com Iggor antes dessa excursão por aqui.

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Leia na sequência.

 

TMDQA!: Antes de tudo, como anda a vida pessoal dos integrantes/casal da banda? Vocês ainda estão morando em Londres? Como isso influencia tanto o processo de composição do Mixhell quanto as turnês que o grupo faz pelo mundo?
Iggor Cavalera: Sim, moramos em Londres. Aqui sentimos que trabalhamos mais próximos a um mercado de música eletrônica, sem ter que viajar tanto. Estar perto de onde se produz mais faz o trabalho ser mais dinâmico e mais respeitado de alguma forma. A vida em Londres para nos é mais simples e mais calma.

TMDQA!: Iggor também está envolvido em outros projetos como o Cavalera Conspiracy, que lançou novo disco há um ano e chegou a excursionar. A questão de agendas entre os projetos, tanto para compor e gravar quanto para excursionar, é um dos grandes desafios hoje em dia?
Iggor: Agenda sempre foi um trabalhão, não só sincronizar a das duas bandas assim como dos projetos que nos envolvemos e da família. Estar em Londres é mais central e também ajuda bastante.

TMDQA!: Em Dezembro o Mixhell irá fazer quatro shows no Brasil como parte de uma turnê que apresenta não apenas um projeto, mas um público bastante diferente daquele pelo qual Iggor ficou conhecido, no Sepultura e Cavalera Conspiracy, por exemplo. Como vocês enxergam esses dois mundos? Há adesão da base de fãs consolidada no passado para esses novos projetos?
Iggor: Na real achamos que só há dois mundos de música, boa música e música ruim. Em todos os nossos projetos trampamos para que a música seja o mais legal possível sob os nossos pontos de vista. Não vemos muita separação no processo de composição, apesar dos públicos acabarem sendo diferentes. O que é bem interessante pois temos visto muitos fãs de um estilo migrando para o outro.

TMDQA!: O Mixhell trabalha com formatos muito mais comuns na música eletrônica do que no rock, como singles e mixtapes. Se no rock os fãs esperam ansiosamente por discos cheios, na música eletrônica é comum bandas e projetos passarem longos períodos lançando faixas soltas. O que podemos esperar da banda para 2016 em questão de lançamentos?
Iggor: Sim, na música eletrônica os singles são mais importantes do que o disco. eles criam uma história mais dinâmica e fazem com que a track que você compôs vá rapidamente às pistas. Aguardem, temos mais de 6 demos para se tornarem singles em 2016.

TMDQA!: Como vocês preparam os shows da banda e o que podemos esperar por aqui? É notório que com um background instrumental, o som ao vivo tenha influências do orgânico misturado ao eletrônico. Como fica o balanço desses elementos?
Iggor: O trabalho pré-show é bastante meticuloso, fazemos vários ajustes de sonoridade para aplicar a bateria acústica com os synths eletrônicos e nos dj sets procuramos tocar as coisas que estamos mais curtindo no momento.

TMDQA!: Falando no ao vivo, como funciona a dinâmica de marido/mulher nos shows e também no processo de gravação? É uma conexão diferente quando vocês entram no estúdio e sobem aos palcos? Como isso afeta o processo criativo  e também as tomadas de decisão quanto aos passos da banda?
Iggor: Vivemos música 24 horas por dia, então temos uma troca gigante de funções e ideias, somente assim conseguimos focar 100%.
Logicamente no studio é um trabalho mais calmo, com mais tempo de compor os elementos, e ao vivo nossa sinergia é maravilhosa.

TMDQA!: Como vocês enxergam a indústria da música hoje em dia? Iggor tem um passado extenso onde só se comercializava música em formatos físicos como vinil, K7 e CD, e hoje em dia o digital é imenso. Vocês acham que a tendência é o vinil se consolidar como formato físico e o streaming como formato digital?
Iggor: Hoje em dia parece que é esse formato mas tudo está mudando muito rápido e é quase impossível prever o futuro dos formatos musicais.

TMDQA!: Por fim, vocês têm mais discos que amigos?
Iggor: Sim…e olha que a nossa coleção de vinil nao é gigantesca, mas não resistimos a uma visitinha pra comprar um disquinho!

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