Música

Scott Weiland: viúva diz que músico vinha bebendo bastante

Integrantes do Stone Temple Pilots exaltam Scott Weiland e viúva fala sobre experiência com o músico nos seus últimos dias de vida. Leia.

Dois dias depois de Scott Weiland, ex-vocalista do Stone Temple Pilots, ter sido encontrado morto dentro de seu ônibus de turnê, o guitarrista Dean DeLeo estava em seu carro na hora em que o rádio começou a tocar “Creep”, faixa com a qual a banda estourou, extraída do muito bem-sucedido Core (1992).

DeLeo comentou o momento em entrevista com a Rolling Stone: “Me levou direto pro dia em que fizemos a música”. Segundo ele, a faixa começou a ser gravada “depois da janta” e foi finalizada “às 11h30 [da noite]”. Ele, seu irmão mais novo Robert (baixista), Eric Kretz (baterista) e Weiland se juntaram ao produtor Brendan O’Brien e iluminaram o estúdio com velas.

“Ao terminar de ouvir a música completa, nós olhamos uns para os outros. Sabíamos que tínhamos capturado algo”, conta.

Core vendeu mais de 8 milhões de cópias nos Estados Unidos, estabelecendo Weiland como uma das vozes mais respeitadas da onda grunge dos anos 90. O disco também marcou o início da trajetória conturbada do cantor entre o estrelato musical e a crise pessoal, incluindo um vício extremo em heroína, diversas internações em clínicas de reabilitação, tempo na prisão, dois casamentos fracassados e relacionamentos musicais arruinados.

Foram mais de 40 milhões de discos vendidos no mundo todo com o STP até 2001, quando conflitos internos colocaram o grupo em hiato indefinido, além de cerca de 6 milhões com o Velvet Revolver, projeto dele com membros do Guns ‘n’ Roses na década passada – em 2008, seria expulso também dessa banda devido a seu comportamento “cada vez mais problemático”.

Scott Weiland

“O ato de expulsá-lo da banda não foi nada espontâneo”, afirma o baterista Eric Kretz. “Ele estava fazendo escolhas, e todas estavam dando errado”. Sem Weiland, ele e os irmãos DeLeo passaram pouco mais de dois anos com Chester Bennington (Linkin Park) à frente dos vocais, até sua saída – que, diferente da de Weiland, foi amigável.

A morte do vocalista, no dia 3 de dezembro, não carregava muitos holofotes consigo – ele estava promovendo com pouquíssimo alarde sua banda The Wildabouts, que tocaram em pequenos clubes e salas na divulgação de seu disco Blaster.

Jamie Weiland, terceira esposa do músico, afirma que seu marido estava bebendo muito “antes de sair para a turnê. Ele me disse, ‘eu vou melhorar'”. Jamie passou uma semana com o cantor na estrada em novembro, e diz que ele estava “mandando ver” em cima do palco. “Toda noite ele aumentava o nível um pouco”.

Fonte: Alternative Nation

https://www.youtube.com/watch?v=XyOy8kxvVrk