Música

Guitarrista do Buzzcocks diz que o Punk nasceu em Manchester, não em Londres

Em comemoração aos 40 anos de show crucial na história do punk-rock, Steve Diggle está convicto do lugar de origem do movimento. Confira!

Buzzcocks

De um lado, Ramones, Dead Kennedys e The Stooges; do outro, The Clash, Sex Pistols e Buzzcocks. Sempre discutiu-se acerca do país a ter sido o responsável por dar a luz à cultura/movimento/ideologia do Punk Rock, dividindo as opiniões entre os Estados Unidos e Inglaterra. Para Steve Diggle, guitarrista do Buzzcocks, não só à terra da rainha o punk pertence, mas como à uma cidade em específico: Manchester.

“Muitos pensam que o punk e o Sex Pistols começaram em Londres, mas somente quando foram a Manchester é que eles perceberam que um movimento estava acontecendo. Você sabe, eles dizem que Jesus nasceu em Belém – bem, o Punk nasceu em Manchester. Aqueles primeiros shows consolidaram tudo. Meses depois, bandas punks estavam em todo o canto. Nós escrevemos a peça e os outros acharam-na na lata de lixo! Veja o Green Day. Eles estão apenas representando uma pantomima.” conta o músico em entrevista à Sidestory.

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Dizem por aí que em 2016 o punk completa 40 anos, e não é por acaso. O ano é 1976, em Manchester, no Free Trade Hall. Os novatos do Sex Pistols estavam em turnê e eram a atração principal da noite, com uma plateia pequena, que contava com aproximadamente 40 pessoas. Entre elas, nomes como Steven Patrick Morrissey, Ian Curtis, Pete Shelley, Howard Devoto, Peter Hook, Bernard Sumner e claro, Steve Diggle. O resto é história e vocês já sabem.
Além do Buzzcocks, surgiriam ali bandas como The Smiths e Joy Division, que a princípio aderiram ao movimento dos três acordes e somente depois se encontraram como precursores do pós-punk britânico.

Brincadeiras e rivalidades à parte, fato é que essa cultura atravessou gerações de maneira simples, objetiva e agressiva, contrastando os hippies por meio de calças rasgadas, lápis no olho, piercings e coturnos, mas acima de tudo, abordando temas políticos e ideológicos em músicas de dois ou três minutos. Sopremos as velas ao Punk Rock, que já vê seus primeiros fios grisalhos.

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