Fuzz – II
Segundo (óbvio) lançamento do Fuzz, II expande a retromania regada a psicodelia e overdrive mostrada em 2013 na estreia do projeto paralelo do genial Ty Segall (que, a propósito, já bicou a porta de 2016 com o excelente Emotional Mugger). Faixa preferida: os 13:50 de “II”, que encerra o álbum.
Juçara Marçal & Cadu Tenório – Anganga
Poucos artistas no Brasil são capazes de explorar as profundezas sombrias da música experimental como Cadu Tenório. Esse trunfo, aliado à voz singular de Juçara Marçal, fez de Anganga – composto por inéditas e versões de cantos de trabalho de escravos da região de São João da Chapada, descobertos nos anos 1920 – em partes iguais uma declaração artística e uma experiência antropológica. Faixa preferida: “Grande Anganga Muquixe”.
Kelton – Distraído Concentrado
https://www.youtube.com/watch?v=n5eFRGL8Hvc
Se a esperteza orgânica do Wilco cruzasse com os melhores momentos de Moska sob os lençóis de David Gilmour, o fruto provavelmente seria Distraído Concentrado, álbum de estreia do brasiliense Kelton. Faixa preferida: “Nessa Vida”.
SEXWITCH – SEXWITCH
O SEXWITCH é o encontro de Natasha Khan, mais conhecida pelo apelido Bat For Lashes, com a psicodelia dos britânicos do Toy sob a regência do produtor Dan Carey (Franz Ferdinand, Bloc Party). O projeto inclui releituras de antigos mantras de origens obtusas pros padrões ocidentais – Marrocos, Irã, Tailândia – e apesar da indevida reapropriação cultural, o álbum surpreende pelo frescor das versões. Faixa preferida: “Helelyos”.