Há exatos 20 anos os Mamonas Assassinas chegavam a um trágico fim

Em Março de 1996 o Brasil acordou com a triste notícia de que todos os membros do Mamonas Assassinas haviam morrido em um acidente de avião.

20 anos sem os Mamonas Assassinas

03 de Março de 1996. Se você está perto dos 30 anos de idade muito provavelmente foi acordado naquele Domingo fatídico com a notícia de que os Mamonas Assassinas haviam morrido, todos, em um acidente aéreo na noite anterior.

Sem Internet e com programas dominicais disputando a tapa os últimos relatos a respeito da tragédia, tudo parecia uma grande nuvem de informações difíceis de serem levadas a sério, já que estamos falando de uma das últimas bandas a atingir sucesso no país todo sem fazer axé, sertanejo ou funk. Era duro entender que tudo havia chegado ao fim.

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Foi em 02 de Março de 1996, há exatos 20 anos, que a banda estava voltando de um show em Brasília para Guarulhos, quando a carreira do grupo terminou. De lá ela partiria no dia seguinte para a primeira apresentação internacional em Portugal e iria se preparar para escrever e gravar um novo disco, mas isso nunca aconteceu.

Mamonas Assassinas

Para quem não viveu o verdadeiro furacão que foi a banda nos anos 90, é sempre bom lembrar que o grupo não chegou a durar nem um ano.

Seu início aconteceu em Junho de 1995 e de forma muito rápida (mesmo) o grupo lançou um disco homônimo, emplacou diversos hits como “Pelados em Santos”, “Vira-vira”, “Robocop Gay”, “Chopis Centis” e mais.

Em 14 faixas onde nenhuma delas falava sobre um assunto sério, o grupo que surgiu após o fracasso da banda Utopia, que tentava fazer algo próximo da new wave com letras “de verdade”, invadiu as rádios, a MTV e os programas de TV de uma forma que dificilmente será vista novamente.

Piadas, piadas e mais piadas carregavam tanto as canções da banda quanto suas apresentações ao vivo, com roupas customizadas e de personagens de desenhos animados, e de repente tanto as crianças quanto os adultos do Brasil não apenas sabiam quem eram os Mamonas Assassinas como conheciam e cantavam as suas músicas.

Entre 23 de Junho de 1995, quando o disco saiu, e o acidente em Março de 1996, bastaram menos de 10 meses para que o grupo entrasse para a história.

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Acidente

O acidente aconteceu no dia 02 de Março, por volta das 23 horas, quando o piloto do jatinho Learjet que transportava a banda não conseguiu pousar em Guarulhos e arremeteu. Ao manobrar para se reaproximar para a pista, cometeu uma operação equivocada (segundo relatório do Departamento de Aviação Civil) ao fazer uma curva para a esquerda, quando deveria ter feito uma curva para a direita.

A aeronave colidiu com árvores e uma montanha na Serra da Cantareira e matou na hora os cinco integrantes da banda, Dinho, Bento, Samuel, Sérgio e Júlio Rasec, bem como piloto, co-piloto e dois assistentes da banda.

Os finais de semana já não vinham sendo fáceis para os brasileiros, que perderam Ayrton Senna também no Domingo menos de dois anos antes, e o país todo se mobilizou com manifestações de carinho e pesar.

https://www.youtube.com/watch?v=dlITmOysOW8

https://www.youtube.com/watch?v=m_ZiUne20sg

 

Legado

Se a ascensão e o sucesso vieram de formas meteóricas, o nome dos Mamonas Assassinas continua firme e forte na memória dos brasileiros 20 anos depois do fim.

Musicalmente falando é difícil prever o que aconteceria com uma banda que misturava rock, pop e tantos outros elementos em instrumentais que serviam como pano de fundo para piadas. Onde estariam hoje é o tipo de coisa que não tem como se imaginar, mas é fato que ao ver seus vídeos e ouvir as suas músicas, as pessoas abrem um sorriso nostálgico no rosto.

Após o fim do grupo foram lançadas algumas canções inéditas como “Joelho”, mas elas eram todas remendos de trabalhos não finalizados e o que perdura é o disco cheio e seu impacto avassalador.

No Spotify, além de uma playlist especial com a banda, trechos das músicas estão sendo mostrados por todo o aplicativo no dia de hoje.

https://open.spotify.com/user/spotifybrazilian/playlist/62Y57smvHIPddhmrhEqP6C

Um documentário chamado Mamonas Pra Sempre, que está na Netflix, conta a história do grupo do ponto de vista de quem estava lá, como empresários e família, e coletâneas de hits bem como um disco ao vivo também saíram anos depois.

Mamonas Ao Vivo, de 2006, tem outra inédita chamada “Não Peide Aqui, Baby”.

Em 2016, como se completam 20 anos do fim dos Mamonas, novas homenagens irão surgir, e uma delas é a peça de teatro O Musical Mamonas, que conta no elenco com Ruy Brissac, Arthur Ienzura, Elcio Bonazzi, Yudi Tamashiro e Adriano Tunes

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