Música

10 discos que mudaram a vida de Jéf

The Beatles, The Strokes, Los Hermanos, Tiago Iorc, Nirvana e mais mudaram a vida do Jéf. Veja lista com os álbuns do músico brasileiro.

Nirvana, The Strokes, Los Hermanos, Superguidis, Beatles: 10 discos que mudaram a vida de Jéf

Jéf é um cantor de folk/rock do Rio Grande do Sul que em 2015 lançou um dos melhores discos nacionais do ano na forma de Interior.

Com canções muitíssimo bem construídas, boas letras e sua voz característica, Jéf mostrou ao país a sua sonoridade bastante única através de 10 canções lançadas em disco pela Sony Music Brasil.

Convidamos o cara para participar da nossa sessão sobre os discos que mudaram a vida de pessoas ligadas à música e ele nos falou quais foram os álbuns que fizeram isso.

A ideia aqui não é listar os melhores, mais conceituados e/ou reconhecidos discos, e sim os que tiveram impacto pessoal na vida de cada um.

Divirta-se com as escolhas de Jéf e uma playlist ao final do post.

 

Nirvana – Nevermind

Nirvana - Nevermind

Era 2002, eu tinha 13 anos, tinha perdido minha mãe, meu pai havia se mudado, fui morar com meus tios, comecei a trabalhar, minha vida estava muito confusa. Aquela coisa adolescente, rebeldia, depressão, eu me sentia muito sozinho. Até que meu primo me apresentou esse disco e me contou um pouco da história de um cara chamado Kurt Cobain. Bateu na hora. Comprei um livro, passei a ler tudo que encontrava sobre essa banda, sobre esse cara. Parecia que ele me entendia.

Acho que por isso esse disco deu tão certo, por ele representar, mesmo que sem querer, o que muita gente passava. Todo mundo tem problemas. A diferença é a dimensão que damos. Kurt mergulhava na dor e escrevia geralmente em primeira pessoa, o que me identificou muito também, pois é a forma como eu mais gosto de escrever. Mesmo que não tenha nada a ver com a música que eu faço atualmente, já tive minha banda de rock, já gritei muito e até pintei o cabelo de vermelho, hehe.  Sem dúvida, um dos discos que mais ouvi na adolescência.

 

Legião Urbana – Dois

Legiao Urbana - Dois

Legião foi uma banda que eu conheci aos poucos, lá por 2001. Como não tinha muito acesso à internet, acabei conhecendo por causa de um outro primo meu que tocava. Gostei muito das letras e fui atrás, até que encontrei alguns CDs nas lojas. Gostava muito de como o Renato escrevia.

Tempos depois fui ler mais sobre a banda, conhecer melhor, e esse álbum se tornou meu favorito, junto com o quinto deles, V.

 

The Strokes – Is This It

The Strokes - Is This It

Em 2002 comecei a tocar, a convite de um amigo, montamos uma banda e tocávamos alguns covers. Meu amigo me mostrou esse disco e eu fiquei de cara na hora. Era demais. A gente tocava quase todas as músicas desse disco. Sempre ouvíamos. Certamente foi o disco que mais ouvi. Era simples, direto, sujo e feliz. Me ajudou a superar muitos momentos deprês.

Volta e meia ainda escuto e lembro de vários momentos com amigos, festas, primeiros shows. Bate aquela nostalgia boa.

 

The Beatles – Revolver

The Beatles - Revolver

Depois de um tempo tocando em uma banda de rock, era inevitável dar de cara com Beatles. Eu não gostava muito da fase yeah yeah yeah, aí um amigo mostrou o álbum branco. Foi uma viagem incrível. Depois conheci o Revolver, e assim como Strokes, minha primeira banda acabou tocando muitas coisas deles. Esse disco é incrível, genial, e todos os adjetivos que já foram usados sobre ele.

 

Superguidis – Superguidis

Superguidis

Aqui no Sul existe um programa chamado Radar, na TVE, que sempre apresentava bandas novas. Descobri muitas coisas legais lá, como Apanhador Só e Superguidis. Como eu sou do interior (Três Coroas, uns 100km de Porto Alegre), não tinha muito contato com a galera da capital, então, acompanhava do jeito que dava no saudoso Orkut.

Esse disco foi uma pedrada na cara. Lançado pelo selo do Senhor F (que tempos depois, por obra do acaso, o Fernando Rosa, veio a se tornar um grande amigo) esse disco tinha uma magia e um poder absurdos. Era sujo, com guitarras estranhas, e ao mesmo tempo pop, com melodias que te faziam ficar cantando durante um dia inteiro. Nunca fui no show dos caras, nunca os conheci. A banda lançou outros dois álbuns, se não me engano, e depois acabou. Deixou muita saudade.

 

Frank Jorge – Carteira Nacional de Apaixonado

Frank Jorge - Carteira Nacional de Apaixonado

Meu pai sempre gostou do Roberto Carlos. Eu achava brega. Com o tempo percebi que não havia problema algum em ser brega, em falar de amor. De amor de verdade. Eu era muito fã da Graforréia Xilarmônica e toda sua bagaceirice. Depois uma amiga me falou dos discos do Frank, fui ouvir e achei genial. Não sei explicar direito. É um disco que dá vontade de abraçar.
Algum tempo depois tive a sorte de conhecer o Frank e descobrir que é um dos caras mais gente boa do mundo da música. Já dividimos palco, já trocamos ideias, e é uma grande referência pra mim, como músico/pessoa.

 

Los Hermanos – Ventura

Los Hermanos - Ventura

Acho que era 2005 ou 2006, não lembro. Eu estava com dificuldades pra compor e um amigo me falou de Los Hermanos. Lembrei de “Anna Julia” e do hardcore e torci o nariz, não era muito minha praia. Aí ele gravou um disco pra mim com músicas do Bloco do Eu Sozinho. Aquilo mudou minha vida. Fui saber mais sobre a banda, então ouvi o Ventura. Que coisa incrível. O jeito de compor e o jeito de falar das coisas mudaram meu jeito de compor e falar das coisas todas. Era bonito. Era verdadeiro. Depois fui no show de lançamento do 4 em Porto Alegre, e era o que faltava para entrar pro fã clube da banda mais odiada e amada desse Brasil, hehe.

 

Once – Soundtrack (Glen Hansard + Markéta Irglová)

Trilha Sonora de Once

Vale trilha sonora de filme? Se sim, é essa. Um cara com seu violão. Tocando na rua. Querendo gravar suas músicas. Cantando sobre o que sentia. Eu pensei “é isso que eu quero”. Comecei a tocar sozinho, a gravar minhas músicas. Minha banda, depois de 10 anos, não estava mais dando certo, resolvi tentar sozinho, colocar as músicas na internet, juntar todas, gravar um CD, me inscrever num concurso, e… certamente uma grande influência pro meu trabalho.

 

Tiago Iorc – Zeski

Tiago Iorc - Zeski

Um dos artistas atuais que eu mais gosto, Tiago surgiu com esse disco, cantando em português. “Um dia Após o Outro” mexeu muito comigo, e foi o que me deu mais força para “seguir sozinho, com meu violão”. Abri meus primeiros shows solo com essa música, por isso a importância dela pra mim. Além da parte inglês do disco que é linda, Tiago mostrou sua cara, sem medo, com uma produção linda.

 

Kodaline – In A Perfect World

Kodaline - In A Perfect World

Conheci essa banda há pouco tempo, não lembro como. Achei esse disco lindo. Escuto muito. Não sei muito sobre eles, mas foi o álbum pelo qual “me apaixonei” mais recente, eu acho.

 

[td_block_video_youtube playlist_title=”” playlist_yt=”hTWKbfoikeg,bsutUab2fkI,knU9gRUWCno,JPyeqZNu_lo,3fIyr6Lj_NM,NK_iEI-LGXQ,2b4mkBM2A-k,fg_is-QG_ys,duaGQRtESyU,E4povfmX144″ playlist_auto_play=”0″]

 

10 discos que mudaram a vida

Você pode ver outros posts da série nos links abaixo: