O site sueco RockSverige fez uma entrevista com o brasileiro Max Cavalera e falou com o cara a respeito de vários assuntos, do Sepultura ao Soulfly, e também perguntou como ele se sentiu após a morte do ícone Lemmy Kilmister.
Max não apenas falou sobre como ficou triste após a morte do líder do Motörhead, como também contou histórias engraçadas a respeito do seu relacionamento com o cara:
“Ele era ótimo. Meu relacionamento com ele não começou bem. Começamos com o pé esquerdo. Eu era muito jovem e o Sepultura ia abrir para eles na Alemanha. Fizemos um ensaio fotográfico e eu cheguei com vinho e derrubei tudo nele. Eu estava sendo um completo idiota. Na minha cabeça, eu achava que isso era rock and roll. Eu posso ver agora como ele me viu como um moleque idiota e arrogante, bêbado no meio da tarde. Sendo um completo idiota. Começamos mal e aí no último show deles aparecemos pelados e destruímos o show e ele queria me matar depois disso. Ele disse para a Gloria [esposa e empresária de Max], ‘É melhor esse cara não chegar perto de mim.’ E eu fiquei tipo, ‘Ah merda, irritei um dos meus ídolos. Como isso aconteceu?’ porque eu amava o cara e sua música. A primeira vez que eu o conheci foi bem legal. Eu fiquei enchendo o saco e ele esvaziou um copo inteiro de whisky na minha cabeça. Eu achei isso a coisa mais legal e era como se eu tivesse sido batizado, e eu fiquei tipo, ‘Porra, aí sim!’ Mas ele tinha feito aquilo para me manter longe, tipo, ‘Me deixe em paz.” Eu não tomei banho por uma semana. O mais legal foi depois de um show no Reino Unido, logo após Dana [enteado de Max morto em 1996] ter morrido. Ele ouviu falar a respeito e veio conversar comigo dizendo que sentia muito pela perda, e também disse, ‘Aproveitando, tudo está certo entre nós. Você é um cara legal pra mim.’ E eu fiquei tipo, ‘Legal. Finalmente.’ Eu não queria ser o cara que irritou seu ídolo. Era um relacionamento engraçado. Foi muito triste quando ele morreu.”