Após passagens por Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e duas datas em São Paulo, o Rio de Janeiro finalmente recebeu o Maroon 5 de braços abertos no último domingo (20), em show realizado na Praça da Apoteose. Com todos os ingressos esgotados, o grupo subiu ao palco com pequeno atraso, às 21h34, e já tinha o público nas mãos antes mesmo das luzes se apagarem.
Divulgando a turnê do álbum mais recente, V (2014), a banda não pisava em solo carioca desde o Rock in Rio 2011 e iniciou a apresentação para cerca de 18 mil pessoas com a empolgante “Animals”. Apesar de seguir à risca o mesmo setlist dos shows anteriores no Brasil, Adam Levine parecia animado e dominava a plateia, majoritariamente formada por adolescentes (acompanhadas dos pais), sem muita dificuldade. Também, pudera: o vocalista de 37 anos com pinta de galã ainda é jurado do reality show “The Voice”, casado com uma modelo da Victoria’s Secret e, ocasionalmente, se arrisca como ator, vide uma ponta no seriado “American Horror Story” e uma simpática estreia no cinema através do filme “Mesmo Se Nada Der Certo”. Resumidamente, um popstar por si só.
O grupo norte-americano, então, engatou “One More Night”, “Stereo Hearts” (cover do Gym Class Heroes) e revisitou seu primeiro hit, “Harder to Breathe”, retirado do disco de estreia, Songs About Jane (2003). Ao longo das faixas, Levine também ia se despindo: o que começou com uma simples jaqueta jogada ao público terminou na própria camiseta, revelando as diversas tatuagens do artista espalhadas pelo corpo inteiro. Tudo, entretanto, soava bastante ensaiado e sem muita interação com os fãs.
Puxando hit atrás de hit (“Lucky Strike”, “Wake Up Call”, “Love Somebody”), o Maroon 5 transformou o espaço em uma verdadeira festa. O ponto alto, porém, se deu quando os californianos surpreenderam a todos ao executarem uma versão bilíngue de “Garota de Ipanema”. Entoada inicialmente em português, a canção de Vinícius de Moraes e Tom Jobim foi a responsável por um dos poucos momentos de diálogo com a plateia, com Levine admitindo estar muito nervoso e com medo de errar, fazendo-o passar para o inglês logo em seguida. Nada, é claro, que tirasse o brilho do momento e a satisfação dos presentes.
Sem deixar de lado a ala que acompanha o grupo desde o início, “This Love” e “Sunday Morning”, sucessos absolutos pelo mundo, foram cantadas em coro. O Maroon 5, entretanto, parecia mesmo querer priorizar a nova fase e logo voltou aos “dias atuais” com “Payphone”, uma parceria com o rapper Wiz Khalifa, e se preparava para encaminhar o show para sua parte final, mandando ver nas românticas “Daylight” e, já no bis, “She Will Be Loved”.
A banda, formada em 1994 e que antes atendia por Kara’s Flowers, mostrou em aproximadamente 1h30 o porquê de ser uma das mais populares da década com músicas de fácil assimilação e conhecidas até pelo mais desatualizado dos mortais. As dançantes “Moves Like Jagger” (originalmente com a participação de Christina Aguilera, também jurada do “The Voice”) e “Sugar” encerraram a apresentação de forma redonda e divertida e, visto os sorrisos e gritos do público, deixaram os brasileiros querendo mais.
Setlist
1 – Animals
2 – One More Night
3 – Stereo Hearts (Gym Class Heroes)
4 – Harder to Breathe
5 – Lucky Strike
6 – Wake Up Call
7 – Love Somebody
8 – Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
9 – Maps
10 – This Love
11 – Sunday Morning
12 – Payphone
13 – Daylight
BIS
14 – She Will Be Loved
15 – Moves Like Jagger
16 – Sugar
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