Música

TITÃS: um ranking do pior ao melhor álbum

Muito mais que os hits e as baladas, nosso ranking revisita registro a registro dos Titãs, que sempre produziram trabalhos competentes e sólidos!

Titãs

Enquanto Houver Sol“, “Provas de Amor“, “Epitáfio“? Vão se foder! Porque aqui nesse ranking, só álbum sinistro e escroto é que vai ter!

Brincadeiras à parte, não existe disco ruim dos Titãs (pelo menos na opinião deste que vos fala, com intenção nenhuma de fazer média). Por outro lado, há aqueles bons registros que não deixaram sua marca para a posteridade, os medianos e os que beiram a genialidade que ficaram esquecidos no meio do vasto catálogo e dos trabalhos mais conhecidos e renomados do grupo. Sem injustiças, todos os álbuns da banda foram revisitados e escutados exaustivamente para decidir: Qual o melhor? E o pior? E quais figuram entre os melhores, mas ficam na sombra do badalado, relançado e comemorado Cabeça Dinossauro (será ele o número um)? Descubra!

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14. Como Estão Vocês? (2003)

Ainda alquebrados pela morte de Marcelo Fromer em 2001 e pela saída de Nando Reis em 2002, os Titãs não estavam tão bem quanto queriam demonstrar na faixa de abertura (“Nós Estamos Bem“, por sinal uma das melhores do trabalho). Mesmo que “Provas de Amor“, “Eu Não Sou Um Bom Lugar“, “Ser Estranho“, “Vou Duvidar” e “A Guerra É Aqui” sejam bacanas, o disco se estende muito e é um dos mais fracos do grupo, dando a entender que o produtor Liminha e os integrantes não foram tão exigentes com suas próprias habilidades e potencial.

 

13. As Dez Mais (1999)

Em clima de férias depois dos sucessos comerciais do Acústico MTV e de Volume Dois, As Dez Mais é o único álbum do grupo sem nenhuma inédita e se limita a homenagear os artistas favoritos dos integrantes. Se algumas versões ficaram muito boas, a exemplo de “Gostava Tanto de Você” e “Querem Acabar Comigo“, outras careceram de inspiração (“Rotina“, “Sete Cidades“). “Pelados em Santos“, que ganhou até clipe, ficou anos luz aquém da original, mesmo sem pretensão nenhuma de sê-lo.

 

12. Sacos Plásticos (2009)

Massacrado por uma série de críticos, o último disco da banda com o baterista Charles Gavin não é desastroso como dizem, inclusive ganhou o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Rock Brasileiro, dividindo o prêmio com Agora, do NX Zero (!).

Entretanto, as fracas baladas e a produção sem brilho de Rick Bonadio (não se pode acertar em todas) fizeram com que o registro entrasse em esquecimento pouco após ser lançado. Destacam-se a faixa título e as músicas “Problema” e “Deixa Eu Entrar” (com participação de Andreas Kisser).

https://youtu.be/SfAtgUKEDLk

 

11. Volume Dois (1998)

O campeão de vendas entre os trabalhos de estúdio dos Titãs surfou na onda do Acústico MTV e deu nova roupagem a outros sucessos da banda que não haviam entrado no registro desplugado e ao vivo de 1997.

Volume Dois peca pela falta de ineditismo, já que as inéditas presentes nesse álbum não são grande coisa assim como as do acústico. Seu grande trunfo são o cover de “É Preciso Saber Viver” e as versões para “Insensível” e “Não Vou Me Adaptar” (ambas presentes em Televisão, de 1985), que ficaram bem melhores que as originais. Esta última, composta e cantada antes por Arnaldo Antunes, foi reinterpretada de forma belíssima com os vocais de Nando Reis.

 

10. A Melhor Banda de Todos Os Tempos da Última Semana (2001)

O último disco dos Titãs produzido por Jack Endino também foi o primeiro sem Marcelo Fromer (embora o guitarrista tenha participado de algumas composições). Variando entre faixas fortes (“Vamos ao Trabalho“), divertidas (“A Melhor Banda de Todos Os Tempos da Última Semana“) e o mega hit “Epitáfio“, talvez o maior defeito do álbum seja sua longa duração (quase 50 minutos).

Nando Reis sairia da banda no ano seguinte ao lançamento e suas letras já eram mais a cara do que viria a ser sua carreira solo, assim como ficou também evidente em Domingo.

9. Titãs (1984)

O álbum de estreia do grupo tem destaque principalmente pelas músicas que ficaram no repertório dos shows e na cabeça dos fãs por muito tempo, talvez até eternamente. Com a melhor balada da banda até hoje (“Go Back“, que recebeu melhores tratamentos posteriormente), o sucesso “Sonífera Ilha” e três versões de músicas estrangeiras reimaginadas em português (“Marvin“, “Querem Meu Sangue“, “Balada para John e Yoko“), não seria a fraca produção que transformaria o disco homônimo em um trabalho ruim. Ainda vale lembrar que esse é o único registro com o baterista André Jung.

 

8. Televisão (1985)

Já com Charles Gavin substituindo André Jung, os Titãs se juntaram a Lulu Santos (responsável pela produção) e, assim como em seu predecessor, gravaram mais uma série de faixas memoráveis que foram revisitadas em trabalhos futuros com um resultado muito melhor (“Pra Dizer Adeus“, por exemplo).

Ainda assim, “Insensível” e a faixa título chegaram ao topo das paradas ainda em 1985 e “Pavimentação” e “Massacre” eram tocadas nos shows com energia titânica. “Não Vou Me Adaptar“, reinterpretada no já citado Volume 2, tinha força assombrosa também em Televisão. Ciro Pessoa, que deixou o grupo antes da gravação do primeiro álbum, assinava algumas das composições.

 

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