Paul McCartney diz que ficou deprimido após o fim dos Beatles

Em entrevista para a BBC, Paul McCartney fala sobre depressão pós-Beatles e decisão por não montar um supergrupo com nomes como Eric Clapton e Led Zeppelin.

Paul McCartney na BBC

Ninguém é de ferro, e até mesmo Paul McCartney teve que lidar com problemas após o fim de um relacionamento.

Não que ele tenha se desentendido com alguma de suas amadas, mas em entrevista recente para a BBC Radio 4, ele revelou que entrou em depressão após o término de sua antiga banda, os Beatles.

Parafraseando a canção “It’s My Party”, de Lesley Gore, ele falou a respeito:

Fiquei deprimido na época. ‘Você também ficaria se acontecesse com você.’ Você está se separando de amigos da vida inteira. A gente costumava comparar ao exército, quando você fez amizades durante alguns anos e de repente nunca mais iria ver aquelas pessoas.

McCartney ainda disse que a decisão de encerrar a banda veio naturalmente, à medida que os integrantes foram crescendo, constituindo suas famílias e se distanciando.

Após dizer que passou por um período estranho onde encontrou conforto em bebidas, ele confessou que foi Linda McCartney, sua então esposa, quem lhe motivou para a formação de uma nova banda que se tornaria o Wings:

Por algum motivo louco eu queria voltar ao começo e fazer como a gente fez com os Beatles. As pessoas diziam, ‘A Linda não sabe tocar teclado!’ e era verdade, mas o John [Lennon] também não sabia tocar guitarra quando começamos. Olhando para trás e pensando a respeito eu fico feliz que o fizemos. Eu poderia simplesmente ter formado um supergrupo e ligado para Eric [Clapton] e Jimmy Page, John Bonham, mas eu queria dar um passo para trás. Acabamos tocando em universidades e nos formamos para praças públicas, e foi engraçado porque eu tinha acabado de tocar no Shea Stadium. Você tinha que se acostumar, mas é o que você faz na vida.

Você pode assistir a um trecho da entrevista logo abaixo.