Foo Fighters processa seguradora por shows cancelados após ataque terrorista

Banda está processando a Lloyd's, que se recusa a pagar por cancelamentos de shows na Europa após ataque terrorista em Paris e queda de Dave Grohl no palco.

Foo Fighters

Em 2015 a turnê mundial do Foo Fighters foi atingida por uma série de incidentes que ocasionaram o cancelamento de shows na Europa.

Primeiro o vocalista e guitarrista da banda, Dave Grohl, caiu do palco durante uma apresentação na Suécia, quebrou a perna e foi obrigado a se ausentar de sete shows, sendo dois deles no estádio de Wembley, em Londres, e outro no estádio Murrayfield em Edimburgo.

Esses três shows aparecem em um processo judicial apresentado pela banda na última segunda-feira (13) contra a seguradora Lloyd’s, que tem base em Londres.

De acordo com a banda, desde os acontecimentos no ano passado a empresa tem feito de tudo para desqualificar os incidentes e tratá-los como “adiamentos” ao invés de cancelamentos, para não ser obrigada a pagar pelo prejuízo do grupo com o ocorrido.

Ainda segundo a equipe da banda, dos sete shows cancelados, foram esses três (que têm maior potencial econômico) os que ficaram de fora dos pagamentos da Lloyd’s.

No mesmo processo aparecem mais quatro shows, todos eles cancelados após o ataque terrorista ao Bataclan, em Paris, quando integrantes do Estado Islâmico mataram quase 100 pessoas.

Segundo o Foo Fighters, no contrato do seguro há uma “cláusula de terrorismo”, que cobre a banda em caso de cancelamento após ações terroristas, e a empresa não quer enquadrar as performances dessa forma.

A banda cancelou dois shows na França, sendo um em Paris e outro em Lyon, mais um em Turim na Itália e outro em Barcelona na Espanha. Quanto a esses dois últimos, inclusive, a Lloyd’s tenta questionar a necessidade do cancelamento.

O Foo Fighters está pedindo indenizações e pagamento dos honorários dos seus advogados.