Depois de 15 anos de carreira com o Forfun, Vitor Isensee, Danilo Cutrim e Nicolas Christ deram vida ao Braza. O grupo foi anunciado no início do ano e já rodou por diversas cidades do Brasil divulgando o seu primeiro disco, homônimo e produzido pela própria banda.
Com 12 faixas que mesclam elementos do rock, reggae, soul e hip-hop, Braza consegue agradar tanto quem já acompanhava os músicos em seu trabalho anterior como também agregar novos fãs.
Conversamos com o vocalista e guitarrista Danilo para saber como têm sido esses primeiros meses de experiência com a banda e o que vem por aí.
TMDQA!: O processo criativo em torno do Braza surgiu durante a turnê de despedida do Forfun. Como vocês conciliaram e organizaram esses dois trabalhos simultâneos?
Danilo: Durante a semana escrevíamos, arranjávamos o que seria o Braza e, no final de semana, viajávamos para os shows emocionantes de despedida. Foi cansativo, intenso, porém extremamente prazeroso.
TMDQA!: Alguma letra ou melodia do Braza veio de material que vocês já haviam criado, mas não chegaram a usar com o Forfun?
Danilo: Pouquíssima coisa, talvez uma ou duas faixas. O processo criativo é constante, vem de muito tempo, e pequenas melodias, frases e rimas ficam latentes o tempo todo até que se use realmente.
TMDQA!: Quando falamos com vocês logo após o anúncio da banda, a turnê de lançamento não tinha começado. Agora, após vários shows, o que vocês podem dizer da recepção do público e dessas apresentações até aqui?
Danilo: Muito além do que esperávamos. Está sendo uma novidade tanto para nós, quanto para o público. As letras são densas, rápidas e a galera assimilou muito rápido e vorazmente. Emocionante. Plateia tem dançado bastante.
TMDQA!: Já tem algum momento do Braza que você destaca como sendo especial?
Danilo: Diria que o show no Circo Voador lotado. Realmente uma noite muito especial, não esperávamos aquele público todo, e nele pessoas que nunca tínhamos visto. Apoio incondicional de uma galera das antigas e, surpreendentemente, de um público novo, ao qual estamos sendo apresentados pela primeira vez. Foi mágico.
TMDQA!: Oficialmente, vocês são um trio e contam com músicos de apoio. O Pedro Lobo gravou o baixo e tem feito todos os shows, ele pode vir a se tornar um integrante definitivo do Braza?
Danilo: Tudo pode ser. O Pedro além de excelente músico, é um grande amigo. Mas pra casar, antes é necessário ficar, depois namorar, apresentar pra família, enfim… uma coisa de cada vez.
TMDQA!: Além de manterem a mesma equipe de trabalho, vocês fazem um som semelhante ao que já faziam e acabaram tendo praticamente a mesma base de fãs do Forfun. As comparações acabam sendo inevitáveis?
Danilo: Não acho que o som seja muito semelhante, mas… Tenho sido abordado por gente que nunca tinha ouvido Forfun antes e que vem falar do Braza. É o que, felizmente, mais tem acontecido. Muita gente se libertando de um preconceito anterior. Te comparar com um projeto que também é seu é lindo, sem problemas, temos orgulho.
TMDQA!: No momento, algum de vocês está com atividades paralelas à banda?
Danilo: O Vitor está escrevendo o seu segundo livro, Nicolas está se debruçando sobre filosofia e eu estou me preparando para o próximo campeonato carioca amador de futevôlei.
TMDQA!: O videoclipe de “Embrasa” teve uma repercussão muito boa. Vocês já sabem qual será o próximo clipe?
Danilo: Obrigado. Sim, será da faixa “Oxalá”. A equipe tá incrível e as imagens seguirão a vibe da música… busca, fé e religiosidade. Gravamos semana que vem, provável que saia em agosto.
TMDQA!: Vocês disseram que estão trabalhando em um curta. O que podem adiantar sobre esse projeto?
Danilo: Sim. O projeto chama Obra Utopia e gravamos no Cais do Porto, Rio de Janeiro. Na verdade é surpresa, mas basicamente o curta capta, por uma outra visão, a nossa forma de fazer música.
TMDQA!: Para finalizar, resuma em uma frase o que podemos esperar do Braza daqui pra frente.
Danilo: Sinceridade, intensidade e vontade de reunir a massa! Obrigado!