Há "boas chances" do Audioslave se reunir no futuro, diz baterista

Em entrevista, Brad Wilk fala sobre possíveis retornos de Audioslave e Rage Against The Machine além de período com Black Sabbath e Smashing Pumpkins.

Foto de Brad Wilk por Shutterstock

Foto de Brad Wilk por Shutterstock

Brad Wilk é um cara com um currículo invejável: além de ter feito história como baterista do Rage Against The Machine, ele também já tocou com nomes como Black Sabbath, Juliette Lewis, The Smashing Pumpkins, Audioslave e agora é o responsável pelas baquetas do Prophets Of Rage.

O grupo tem integrantes do RATM, Public Enemy e Cypress Hill, e está firme no objetivo de mostrar que os norte-americanos estão insatisfeitos com a política do país e os rumos que ele está tomando.

Em uma entrevista para o site Alternative Nation, Wilk conversou sobre a banda, seus projetos, e por exemplo, sobre como foi um “sonho” gravar o disco 13 com o Black Sabbath:

Foi um sonho se tornando realidade. Eu fui um garoto de 14 anos sentado na sala com um aparelho de som tentando entender as partes de bateria do Bill Ward, e o Black Sabbath é um dos meus grupos favoritos de todos os tempos. Então receber o convite para tocar bateria com eles foi uma experiência incrível. Na primeira semana foi difícil simplesmente lidar com o fato de que eu estava no mesmo estúdio com eles possivelmente me encaminhando para gravar um disco. Eles são todos ótimos, eu adorei ficar ao lado deles, adorei ouvir suas histórias enquanto gravamos o disco. Adorei trabalhar com Rick Rubin, ele é um produtor ótimo. Eu fui abençoado por estar no estúdio fazendo isso e dizer que fiz parte de tudo é incrível. Apesar disso, apesar de ter sido a experiência mais sensacional para mim, eu queria que tivesse sido o Bill Ward ao invés de mim, mesmo que tenha sido ótimo para mim.

Brad Wilk também falou sobre a recente aventura com o Smashing Pumpkins, quando inclusive veio ao Brasil para tocar no Lollapalooza:

Foi uma experiência musical maravilhosa para mim. O Gish foi provavelmente o último disco que eu peguei para tocar na minha sala quando eu sentava e tocava bateria junto com os discos. Eu acho que o Billy Corgan é um compostior maravilhoso, realmente único, e acho que Jimmy Chamberlin é um baterista fenomenal, então entrar em sua cabeça e realmente aprender as músicas que eu toquei com eles em que ele fazia parte, foi uma experiência maravilhosa e me fez um baterista melhor. Meu objetivo tocando nessa banda era aprender as partes do Jimmy com o melhor da minha habilidade, mas sem perder a minha própria personalidade, e trazendo um peso a essas canções, é algo que eu poderia ter adicionado às canções, mas Jimmy Chamberlin é fenomenal. Tocar com a banda foi um período sensacional.

https://www.youtube.com/watch?v=-7KGJUbsfiU

Como era esperado, o baterista também foi questionado a respeito do Rage Against The Machine e, principalmente, Zack De La Rocha, e voltou a dizer que tudo está bem entre os integrantes da banda e o ex-vocalista:

Não houve nenhuma conversa de entrar em estúdio ou fazer novas músicas. Todos temos feito coisas separadas. Quando isso [Prophets Of Rage] surgiu, é claro que adoraríamos que Zack fosse parte, mas ele estava trabalhando em seu disco e fazendo seu lance. Eu amo Zack como ser humano e como amigo, ele é um grande amigo para mim antes de tudo. A ideia de tocar com ele; a porta está sempre aberta.

Estou aberto a fazer qualquer coisa com Zack a qualquer momento, eu amo o cara. Eu acho que ele é um ser humano muito talentoso.

Por fim, Brad Wilk deu boas notícias sobre o Audioslave para os fãs da banda que além do baterista ainda tinha o guitarrista Tom Morello e o baixista Tim Commerford ao lado do vocalista Chris Cornell:

Eu amo Chris Cornell, outro músico maravilhoso e ótima pessoa. A possibilidade de que a gente faça música junto com Chris sempre está presente. Eu não acho que ninguém tenha sentimentos ruins dentro do Audioslave. Eu acho que a banda se deu muito bem e acho que chegou a hora da gente seguir em frente, e foi isso que aconteceu.

Questionado se há “boas chances” de uma reunião do Audioslave no futuro, ele crava:

Eu diria que sim.