Tom DeLonge fala sobre Punk e experiências curiosas com The Clash e Oasis

Em mais um vídeo de série da Ernie Ball, Tom DeLonge fala sobre encontros transformadores com Joe Strummer e Liam Gallagher, de The Clash e Oasis. Veja.

Tom DeLonge

Tom DeLonge, ex guitarrista e vocalista do Blink-182, tem participado de uma série da marca Ernie Ball chamada Pursuit Of Tone, onde fala sobre vários aspectos da carreira.

Foi nesse vídeo, por exemplo, que ele explicou a música “Stay Together For The Kids” recentemente.

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Em novo episódio, Tom falou sobre como sua visão do que entendia como “Punk” mudou durante o tempo, principalmente após encontros com Joe Strummer, do The Clash, e Liam Gallagher, do Oasis.

O fansite Action182 transcreveu e traduziu as declarações que você pode ler logo abaixo.

Joe Strummer e The Clash

Tom DeLonge conta que estava na Austrália com um amigo muito fã de The Clash que gostaria de conhecer Strummer.

Ele o acompanhou, conheceu o cara que ainda disse que seus filhos eram fãs de Blink, e entendeu um recado:

Eu estava na Austrália com um amigo cujo primeiro show da vida foi do The Clash. A gente estava no hotel e o Joe Strummer estava lá também. Meu amigo estava tipo ‘meu Deus, é o Joe Strummer, preciso falar com ele!’ e então eu fui atrás dele. Eu me apresentei e ele disse que os filhos dele adoravam a minha banda [blink-182]; tínhamos algo para conversar. Daí eu perguntei ‘como é fazer parte do The Clash?’ e ele disse ‘sabe, antes andávamos por aí tipo ‘foda-se, somos The Clash, foda-se!’ mas hoje… Sabe, Talking Heads é bem legal. Não feche sua mente. Não feche sua mente!’

Eu fiquei impressionado e achei interessante que o ‘rei do punk’ estava me dizendo para abrir a mente.

Liam Gallagher e Oasis

Apenas dois dias depois, o Blink-182 fez um show para uma rádio onde também se apresentaria o Oasis.

Tom contou sobre como conheceu o cara “mais punk rock de todos” ao se encontrar com Liam:

Dois dias depois, nós voamos para Detroit, tínhamos um daqueles shows de rádio para fazer e o Oasis ia tocar também. Lembro que eu estava nos bastidores, com meu boné pro lado, piercing no nariz e essas coisas. Aí a porta abriu e entraram esses caras com casacos e cabelos meio Beatles. Minha primeira impressão foi ‘é… eles parecem legais pra caralho.’

Não eram do punk rock, mas tanto faz, eu estava tentando me lembrar daquilo que o Strummer me disse. Daí nós tocamos. Não éramos uma banda tão grande. A gente era muito rude. Tipo, no sentido mais engraçado, mas aproveitávamos esses momentos porque 17.000 pessoas estavam nos assistindo e não sabiam quem a gente era. Tocávamos com outras bandas. A gente dizia coisas realmente muito fodidas, tipo, devíamos ir para a cadeia pelas merdas que a gente falava… engraçado.

Então saímos do palco, suados, a porta abriu e ali veio o vocalista do Oasis, Liam, e ele disse ‘vocês são o blink-182?’ e disse ‘vocês são o melhor que eu vi na América’. Daí eu ‘você gosta da gente!!!’ e ele ‘não foi isso que eu disse… mas vocês são o melhor que eu vi na América’ e depois bateu a porta.

Eu olhei pra todo mundo e achei o máximo. Aquele era o cara mais punk rock que eu já tinha visto. Depois daquilo eu virei o maior fã do Oasis. Daquele dia em diante eu parei de ouvir só punk rock e passei a ouvir de tudo. Dessa experiência com o Strummer e depois com o Oasis, até à nossa banda explodindo, eu nunca mais olhei pra trás, foi minha graduação.

Tom DeLonge

Tom DeLonge ainda encerra falando sobre sua visão de punk hoje em dia, o que mudou e como acha que lançar a música “The Adventure”, do Angels And Airwaves, foi uma experiência “punk”.

Toda essa coisa de punk não tem nada a ver com a música. Acho que os jovens não entendem isso. Tem que ter a ver com a transformação de ser alguém num grupo para ser um indivíduo. E ter coragem de dizer o que você quer dizer, fazer o que quer fazer e seguir o caminho que você acha apropriado.

Lançar uma música chamada T’he Adventure’, após aquela separação tão pública [do blink-182], sobre minha visão do que o mundo pode ser, o que eu quero fazer com a minha vida e como eu escolhi enxergar o mundo foi a coisa mais punk que eu já fiz. Foi assustador fazer aquilo.

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