Música

Quem aqui se lembra da coletânea Punk-O-Rama?

Influente compilação da Epitaph Records tinha nomes como Rancid, NOFX, Bad Religion e mais, e foi uma das responsáveis pela explosão do Punk nos anos 90.

Punk-O-Rama 4 (1999)
Punk-O-Rama 4 (1999)

Em 1980 Brett Gurewitz, guitarrista do Bad Religion, resolveu criar uma pequena gravadora com um único objetivo: lançar discos de sua banda.

Acontece que o negócio foi expandindo, o selo tornou-se um dos mais influentes do punk rock na Califórnia e no início dos anos 90 tudo passou a ficar cada vez maior.

Um dos motivos pelos quais a influência da Epitaph Records cresceu e foi tão longe é a coletânea Punk-O-Rama, que teve sua primeira edição em 1994.

Lá, em tempos onde não era tão simples assim montar uma playlist e ainda mais difícil comprar lançamentos de discos importados, a compilação mostrava o que tinha de melhor sendo lançado pela Epitaph e assim as pessoas ficavam curiosas pelos álbuns cheios e iam atrás dos seus artistas.

A primeira edição, de 1994, tinha músicas de Bad Religion, Rancid, NOFX, The Offspring, Pennywise e mais.

Esse time foi, em grande parte, responsável pela explosão do punk rock naquele ano, ao lado de outros nomes como o Green Day, e a partir daí a Epitaph passou a ser o sonho de qualquer banda do gênero.

Em 1996 veio o segundo volume com Descendents, Me First And The Gimme Gimmes, Millencolin, Pulley e é claro, mais NOFX, Rancid e Bad Religion, os carros chefe da gravadora.

O terceiro volume voltou a ser lançado dois anos depois, em 1998, e a partir daí a Epitaph passou a disponibilizar um Punk-O-Rama por ano.

O quarto volume veio em 1999, tem uma capa icônica e adições importantes como Refused e H20, e em 2000 o Punk-O-Rama #5 tinha The Hives, Dropkick Murphys e mais ao lado das figurinhas carimbadas.

Os anos foram passando e a Epitaph foi mudando de cara, e isso acabou refletido também na coletânea.

Até 2005 foram 10 coletâneas no total e a série Punk-O-Rama morreu quando a Epitaph entendeu que já não dava mais para utilizar o “punk” de seu nome para o perfil do selo, que passou a contratar artistas mais populares e voltados a estilos como metalcore.

Nasceu aí a coletânea Unsound, lançada em 2006, que durou apenas e tão somente uma edição.

Em tempos onde somos bombardeados por playlists todos os dias, é sempre legal relembrar tempos áureos onde as gravadoras faziam isso para nos mostrar suas pérolas.

Divirta-se!