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Roadie afastado do Dead Fish responde às acusações de agressão

Após ser acusado pela ex-companheira, Raphael Guerra reativou sua conta no Facebook e escreveu um texto com a sua versão dos fatos.

Roadie afastado do Dead Fish responde às acusações de agressão e tentativa de estupro
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Na segunda-feira, 19 de Setembro, postamos aqui (veja o caso) sobre a nota de esclarecimento que o Dead Fish postou em sua página no Facebook, onde a banda informava os motivos do afastamento de seu roadie Raphael Guerra: acusação por agressão e tentativa de estupro.

O caso gerou muita polêmica nas redes sociais, após a ex-companheira de Raphael, Miriam Barca, fazer uma denúncia no Facebook contando o caso.

Segundo ela, Guerra havia a espancado e tentou estuprá-la após ela ler uma conversa em seu celular em que ele se dizia insatisfeito com a relação.

Após o caso ir parar na delegacia e também nas redes sociais, Raphael cancelou sua conta no Facebook e, segundo ele, foi atrás de advogados e provas para não ser criminalmente penalizado.

Na terça-feira, dia 20, Raphael retomou sua conta no Facebook e escreveu um texto explicando a sua versão dos fatos, com fotos de marcas supostamente feitas pela ex.

Você pode ler a versão dele para os fatos todos logo abaixo.

TEXTO RESPOSTA

ATENÇÃO !
A treta toda começou quando eu fui ao mercado e quando voltei ela estava com o meu celular na mão. Ela leu minhas conversas e encontrou uma mensagem minha desabafando dizendo que eu estava num relacionamento abusivo e que a minha ex companheira abusava muito na nossa relação. Quando fui morar com Miriam, ela estava trabalhando, mas logo saiu do seu trabalho, desde então, quase 8 meses, eu estava suprindo todas as nossas despesas, tudo no geral, me desfiz de instrumentos musicais, equipamentos de trabalho. Para nunca faltar nada em casa, principalmente para Miriam. Mas isso nunca era suficiente para ela, sempre reclamava, sempre me colocava pra baixo, sempre dizia que tudo que eu fazia era uma merda. Mas mesmo assim, eu escutava tudo, abaixava a cabeça e tentava mais uma vez. Na minha cabeça, relacionamento é isso, não só momentos bons e felizes, mas também momentos ruins e tristes, mesmo assim, não abandonei o barco. Inúmeras vezes, eu chegava do trabalho e no outro dia ouvia, que eu era um cara acomodado, que não conseguia fazer nada, ter nada. Mesmo trabalhando, corri atrás de outros trampos, desde shows/estúdios há ajudante de obra, lava rápido, entregador de água. Sempre estava procurando alguma coisa pra fazer. Devo ter pedido um trabalho pra maioria de vocês, que estão lendo e me conhecem. Mas nada era o suficiente, sempre estava ruim, sempre eu escutava que não corria atrás das coisas. Isso foi me desgastando, eu sempre fazia de tudo por ela, mas nada era bom. Vamos a história que ocorreu no dia 16/09/2016.
Minha ex companheira começou a gritar dizendo pra eu ir embora e ir morar com a minha amiga, pra ver se ela daria casa pra ele morar. Pegou meu celular e o destruiu, começou a ficar agressiva e fora de controle, Foi aí que toda a confusão começou, pois ela começou a gritar e me empurrar, eu resolvi abraça-la pra tentar acalma-la, mas isso piorou a situação, pois ela começou a me bater me deu vários socos na cabeça, no braço e no pescoço e me mordeu no braço
Eu a soltei quando ela me mordeu, e foi nesse momento que subimos pro quarto, ela foi na frente e eu a segui. No quarto ela queria quebrar o vídeo game e eu a segurei novamente, nos debatemos e caímos na cama, nesse momento me bateu um desespero enorme e eu gritei “que porra é essa? Olha o que estamos fazendo ! não acreditava no que estava acontecendo, e que tudo aquilo começou, por causa que ela mexeu no meu celular.
Beijei-a e nesse momento ela mordeu meu lábio com muita força e não fez menção alguma de que iria soltar, a dor se tornou insuportável e eu peguei no pescoço dela e ela soltou minha boca. Foi nesse momento que eu levantei da cama e comecei a dar socos na parede, com toda a minha força, e em momento algum eu desferi soco ou qualquer outra agressão à ela. Um dos meus socos acertou a televisão, e ela enlouqueceu novamente, começando a gritar que iria chamar a polícia.
Eu peguei o celular dela e liguei para a polícia, conversei com quem me atendeu, expliquei toda a situação, disse que tinha rolado briga e solicitei uma viatura e passei o endereço. Eles me perguntaram se a moça estava em casa e eu disse que sim e então me pediram para passar o telefone para ela. Para a minha surpresa ela DESLIGOU o celular, e eu comecei a pressiona-la, “vai chama a polícia”, “agora você vai chamar a polícia” e ambos começamos a chorar e paramos por um momento.
Os ânimos se acalmaram e eu comecei a ficar em choque, pois tudo isso tinha acontecido, porque ela mecheu no meu celular. Embora eu me sentisse abusado por ela, eu acreditava no relacionamento, mas a partir desse momento eu perdi as esperanças e comecei a juntar minhas coisas pra ir embora.
Ela pegou minha chave e escondeu, disse que eu só sairia dali pra ir na delegacia com o irmão dela, eu concordei e ficamos esperando ele chegar do trampo.
No tempo em que eu fiquei la esperando ela começou a me ameaçar, dizendo que não iria mais na delegacia porque daria muito trabalho e ela não estava afim, em vez disso iria acabar com a minha vida, família, trampo, amigos e tudo que pudesse e que ela não iria parar até me ver na merda, no fundo do poço, o que realmente está acontecendo.
Depois ela mudou de ideia e disse que eu poderia ficar la ate o dia seguinte, pois sairia pra trabalhar bem cedo no outro dia e que segunda feira eu pegaria as minhas coisas, eu deitei na sala e dormi. Quando era por volta das 23:00 ela entrou na sala ordenando que eu pegasse as minhas coisas e partisse imediatamente, não questionei, peguei minha mochila, pus o tênis ela abriu o portão pra mim, eu subi na minha bike e sai fora.
Eu pedalei de Santo André até a estação Tietê, e dormi embaixo da carretinha de engate do Dead Fish, que fica guardada num estacionamento ali perto.
No dia seguinte de manha ela mandou um email pra todos os membros do Dead Fish dizendo que eu tinha a espancado e tentativa estupra-la. Mandou mensagem para todos os meus amigos próximos, qualquer pessoa ligada a mim, é pra cada pessoa era uma versão, pra um eu espanquei três vezes e tentei estuprar uma, pra outro, dizia que eu tentei estupra-lá e a enforquei, para outro disse que eu a enforquei e só parei pois achava que ela tinha morrido. Várias divergências, várias mentiras. Essa foi a história, não falei mais com ela desde o ocorrido, não dirigi um palavra desde então.
Agora vamos às contradições:
1- A cena do celular
Eu tenho família, mãe, irmãs, tenho pra onde ir e onde morar, eu não estava la de favor, estava lá porque ainda acreditava que poderia dar certo. Repito eu tenho onde morar, e embora eu realmente dormi na rua naquele dia, hoje eu estou tranquilo.
2- A cena da cozinha
Eu não desferi um único golpe na mulher, apenas a segurei e tomei porrada. Ela alega que eu a espanquei porém postou a foto do unico machucado que fiz nela, o do pescoço, quando tentei fazer ela largar minha boca. O espancamento foi por parte dela.
2- A cena do quarto
Peço que notem que ela justificou apenas duas das seis lesões que ela provocou em mim naquele dia, e foram justamente as lesões que me levaram a me defender contra ela. Tudo de forma pensada, a história foi criada para que eu virasse o monstro da situacao e ela a vítima, invertendo-se os papéis. Agora vamos todos fazer o uso do bom senso por favor, em quase dez meses de relacionamento morando sob o mesmo teto, eu teria motivos para obter sexo a força ?
Eu fui tomado por um momento de sensibilidade e quis ainda em vão, destacar o sentimento que existia entre nós. Dei um beijo, por segundos fui correspondido e depois fui atacado novamente, ali no calor do momento e no mais puro reflexo e extinto eu agarrei a primeira coisa que minha mão alcançou, que foi o pescoço. Eu não tentei em momento algum, nada sexual. Como pensar em sexo, em um momento tão caótico ?
Mais algumas observações, eu queria a polícia no local, ela não. Eu quis sair naquele instante de casa, ela não deixou.
Ela disse que chamaria o irmão, para irmos para a delegacia e quando ele chegou, não quis ir . Ela me ameaçou durante o resto da noite e pelo que todos vemos aqui, ela está cumprindo as ameaças.
Peço bom senso a todos, a mulher manipulou os fatos, colocou mentiras no meio da história, para eu me passar pelo agressor e ela por vítima. Vocês não acreditariam na quantidade de divergências entre o BO que ela fez e o post do Facebook, eu não posso entrar em detalhes pois meus advogados, me orientaram a não dar detalhes do processo. Advogados ? Sim!. Todos acham que eu estava me escondendo ou fugindo, mas pelo contrário, estava me munindo de provas e correndo atrás de informações. Estou entrando com todas as medidas legais contra ela. A história da agressão já é mentira, agora tentativa de estupro, isso ela vai ter que provar.
Lembrando que estou falando APENAS do meu caso, respeito e acho que todo tipo de agressão é crime. Não estou generalizando, estou falando do que aconteceu comigo.
Enfim, se quiserem senhores juízes do Facebook, me julguem por ter me defendido, podem julgar , já contei como tudo aconteceu mas não me chamem de estuprador, por favor, vocês já tiraram meu trabalho, tiraram minha segurança, meu direito de ir e vir, não tirem minha dignidade. Me deem o benefício da dúvida, antes de me crucificarem. Novamente repito, todas as medidas legais cabíveis, já estão sendo tomadas. Espero que todos que estão me julgando, difamando, caluniando, ameaçando, acompanhem o resto dessa história, pois a verdade estará vindo à tona.
Raphael Guerra Cerboncini