Todas as fotos por Aline Krupkoski
Coachella, Lollapalooza, Primavera: há um grande número de festivais pelo mundo que carregam uma baita grife com seus nomes, e há outros onde o nome não é tão “pesado” assim, mas arrastam multidões, e é o caso do Riot Fest que acontece em Denver e Chicago.
O TMDQA! já esteve nos eventos citados acima e é comum encontrar muita gente (mesmo) andando pelos ambientes dos festivais com roupas engraçadinhas, descoladas, fazendo piadas e se preocupando mais em tirar fotos com outras pessoas do festival porque estão vestidas de Pikachu.
No Riot de Chicago esse ano, entre as cerca de 50 mil pessoas de cada dia no Douglas Park, de diferente só vimos um cara vestido de Power Ranger, e ele era sacaneado a cada dois passos.
O clima todo era de um encontro de fãs de música. Fãs de bandas de punk, alternativo, metal, e é claro, a celebração do retorno do Misfits. Música, com “M” maiúsculo era a palavra chave.
PARA NAVEGAR ENTRE AS PÁGINAS, ARRASTE A TELA COM O MOUSE OU OS DEDOS E/OU UTILIZE OS BOTÕES “ANTERIOR” E “PRÓXIMO”
Riot Fest, a organização e as piadinhas
Além disso, a organização do festival é muito inteligente.
Ao invés daquelas ações forçadas de agências de publicidade que cuidam das contas de grandes eventos, a pessoa por trás das mídias sociais e do site do Riot é genial.
Piadas, trocadilhos e até e-mails oficiais de comunicação com textos como “falta uma semana para o festival, prepare-se e agora vá reclamar do line-up!” são vistos com frequência.
I can't wait until your band breaks up. https://t.co/rckuVjhzRp
— Riot Fest (@RiotFest) September 25, 2016
Douglas Park
A vizinhança não quis mais o festival por ali e os organizadores encontraram uma nova casa no Douglas Park, com uma primeira edição, um tanto quanto tumultuada, em 2015.
2016 porém, foi diferente: três dias de Sol, uma estrutura onde a principal área era um grande círculo e os palcos estavam todos espalhados em suas “bordas”, e uma facilidade imensa de se locomover.
A maior distância de um palco para outro era de no máximo 5 minutos, e estamos acostumados a eventos onde esse tempo chega fácil a 15.
O Riot Fest 2016 foi o melhor de todos os que presenciamos e conversando com colegas da imprensa norte-americana a sensação era a mesma. Muitos disseram que foi a melhor edição desde que o festival saiu de casas de shows para 2 mil pessoas em Chicago e expandiu no formato outdoor.
A sala de imprensa, inclusive, foi outro destaque: os artistas passavam por ali para entrevistas agendadas com os veículos (falamos com Refused e Fitz And The Tantrums), havia cadeiras, internet, grandes mesas, banheiros e até happy hour.
Assim como visitar, trabalhar no Riot é muito bom!
Riot Fest 2016
O grande ponto de atenção do festival esse ano era a reunião da formação clássica do Misfits, com Jerry Only e Glenn Danzig tocando juntos pela segunda vez (a primeira foi 15 dias antes no Riot Fest Denver) em mais de 30 anos.
O show que aconteceu no Domingo levou multidões com suas camisetas, tatuagens, patches e blusas da banda, e o encerramento na noite do terceiro dia deixou claro que os fãs que vão ao festival são de música.
Se em outros festivais as bandas de abertura sofrem tocando ao meio dia para alguns poucos curiosos, aqui o número de fãs assistindo aos primeiros shows impressionava, e o desejo por novos sons motivava as migrações entre palcos e tardes e noites inesquecíveis, onde é fácil dizer, sem medo de errar, que muita gente descobriu novos artistas.
Além do Misfits teve muito mais, e nós iremos te contar um pouco a respeito nos próximos parágrafos.
PARTE 2 – PARTE 3 – PARTE 4
Primeiro dia
O primeiro dia começou com algumas das bandas mais interessantes do rock alternativo independente dos Estados Unidos.
Logo de cara quem chegou ao Doulgas Park na sexta-feira pôde ver Tigers Jaw, Diarrhea Planet, Citizen, Touché Amoré e nomes mais “consagrados” como Fu Manchu e Dillinger Escape Plan.
O GWAR, presença garantida em praticamente todas as edições do Riot Fest, fez a festa com suas roupas bizarras e jatos de “sangue” na plateia, e o público fiel do pop-punk assistiu ao All Time Low de perto
Nos envolvemos com a entrevista do Refused (que irá ao ar em breve) durante a tarde, e acabamos assistindo aos shows próximos à apresentação da banda.
Jimmy Eat World
O Jimmy Eat World tocou as duas músicas que já disponibilizou de seu novo disco, Integrity Blues, abrindo a apresentação com “Get Right”, inclusive.
Depois vieram clássicos de toda a carreira como “Bleed American”, “A Praise Chorus”, “Work”, “Pain” e a dobradinha matadora para o final com “Sweetness” e “The Middle”.
Setlist
Get Right
Bleed American
I Will Steal You Back
Big Casino
A Praise Chorus
Futures
Work
Pain
My Best Theory
The Authority Song
Blister
Lucky Denver Mint
Sure & Certain
Sweetness
The Middle
Refused
O Refused voltou à ativa e agradecemos todos de pé.
Além de lançar um dos grandes álbuns de 2015 com Freedom, o show dos caras é um espetáculo.
Riffs certeiros e uma harmonia que lembra as construções musicais da banda de post-hardcore em estúdio, o show do grupo sueco ainda tem performances de cair o queixo do baterista David Sandstrom e do vocalista Dennis Lyxzén.
O final com “New Noise” é emblemático, mas o show inteiro hipnotiza antes da explosão ao final.
Em tempo, vale destacar que entre as músicas Dennis fazia questão de mostrar que estava preocupado com a situação do mundo e, particularmente, dos Estados Unidos.
Criticou as políticas de Donald Trump e também mostrou que fez a sua lição de casa ao dizer que apenas 14% das bandas do Riot Fest eram com mulheres.
Ele pediu para que todos façam a sua parte e exijam da organização que esse número se aproxime, cada vez mais, do 50/50.
Setlist
Elektra
The Shape of Punk to Come
Rather Be Dead
Dawkins Christ
The Deadly Rhythm (com trecho de “Raining Blood” do Slayer)
Refused Are Fucking Dead
Thought Is Blood
Servants of Death
Summerholidays vs. Punkroutine
New Noise
NOFX
Os headliners do primeiro dia eram The Flaming Lips e NOFX, e lá fomos nós para mais um show da banda de punk rock.
Para quem já viu os caras, que voltam ao Brasil com certa frequência, não houve nada de novo além de algumas canções de First Ditch Effort, a ser lançado em Outubro.
As piadas, porém, são sempre um show à parte.
Fat Mike brincou dizendo que seus únicos dois amigos são de Chicago e não estavam lá no dia: Matt Skiba está excursionando com o Blink-182 e Brendan Kelly com o The Falcon, que tocou no festival no Domingo.
Ao ficar sem ar perto do microfone, ele tirou sarro de Danzig dizendo que se as pessoas achavam que aquilo ali era ficar sem ar, era pra esperar o show do Misfits no Domingo. Dito e feito, Glenn mal conseguia falar duas palavras entre cada canção do show, mas falaremos disso na sequência.
A diversão nunca tem fim em um show do NOFX e teve até crowdsurfing de um cadeirante, o que chamou a atenção da banda que celebrou a ocasião.
No Riot Fest 2016 o NOFX passeou por toda discografia, com músicas de 11 lançamentos entre discos e EPs, e ainda sobrou espaço para a cover de “Radio”, do Rancid, e “Herojuana”, música favorita de Fat Mike que ele disse saber que “é ruim”.
Nota do editor: a música em sua versão de estúdio é uma das minhas favoritas da banda, mas ao vivo é realmente esquisita.
Setlist
60%
Stickin’ in My Eye
Fuck the Kids
Linoleum
Murder the Government
Franco Un-American
Eat the Meek
Six Years On Dope
72 Hookers
The Man I Killed
Idiots Are Taking Over
Bob
I Believe in Goddess
Radio (Rancid cover)
Oxymoronic
I’m Telling Tim
Instant Crassic
Can’t Get the Stink Out
Seeing Double at the Triple Rock
Herojuana
Theme from a NOFX Album
PARTE 1 – PARTE 3 – PARTE 4
Segundo dia
Um dos shows mais esperados do dia, porém, deixou a desejar…
Motion City Soundtrack
Os caras já haviam avisado que encerrariam as atividades e o último show foi dois dias depois, na casa de shows Metro, em Chicago mesmo.
Parece que como o último show já estava marcado, os caras nem fizeram questão de aparecer por ali.
Sem sal e sem falar praticamente nada com a plateia, algo estranho para uma data tão marcante, só deu show o público que estava próximo da grade, cantando e gritando alto os hits dos caras.
Setlist
Back To The Beat
Capital H
Her Words Destroyed My Planet
It Had to Be You
Make Out Kids
Time Turned Fragile
L.G. FUAD
Last Night
My Favorite Accident
This Is for Real
Attractive Today
When “You’re” Around
Broken Heart
Everything Is Alright
The Future Freaks Me Out
Bob Mould
O grande lance com Bob Mould, e não sabemos se isso é bom ou ruim, é que ele atrai multidões para seus shows e normalmente comentários do tipo “esse cara é foda”, “esse é uma lenda, não posso perder”, ao mesmo tempo que ninguém sabe cantar suas músicas.
Durante a maior parte do show, os espectadores parecem reverenciar o cara que usou uma imagem de um dos pontos turísticos de Chicago no telão, o “Cloud Gate”, mas não conhecem seu trabalho em carreira solo tão de perto.
Se o seu lance é power trio com um show cheio de energia, aos 55 anos de idade Bob Mould mostra que ainda é mestre nisso, mesmo ao Sol das quatro da tarde.
Setlist
Flip Your Wig (Hüsker Dü)
Hate Paper Doll (Hüsker Dü)
I Apologize (Hüsker Dü)
A Good Idea (Sugar)
Changes (Sugar)
The End of Things
The Descent
I Don’t Know You Anymore
You Say You
Hold On
If I Can’t Change Your Mind (Sugar)
Hey Mr. Grey
No Reservations (Hüsker Dü)
Tomorrow Morning
Losing Time
Something I Learned Today (Hüsker Dü)
Daddy’s Favorite
Black Confetti
The Hives
Os brasileiros já tiveram a oportunidade de vê-los de perto no Lollapalooza Brasil em São Paulo, e a energia impressionante continua a mesma.
Com uma cabeleira enorme, o vocalista Pelle Almqvist mudou o visual mas continua como um dos líderes de banda mais espetaculares do rock and roll atual.
A forma como ele conduz a plateia entre cada uma das canções da banda é bastante particular e não deixa ninguém sequer pensar em sair dali.
Os outros integrantes não ficam longe e mostram que se divertem muito com o que estão fazendo, proporcionando um show no melhor sentido da palavra.
Pra completar, os roadies da banda continuam com seus trajes de ninja e é sempre bacana vê-los em ação.
O único lado negativo ficou com o set curto: a banda tinha 45 minutos e optou por usar mais de 10 para o final com “Tick Tick Boom”.
Setlist
Come On!
Main Offender
Hate to Say I Told You So
Abra Cadaver
Die, All Right!
Go Right Ahead
Walk Idiot Walk
Tick Tick Boom
Brand New
O primeiro grande conflito de horário chegou pra gente na forma de Brand New x Descendents.
Assistimos às três primeiras músicas de Milo e companhia, já que eles vêm ao Brasil esse ano, e depois pulamos para o Brand New.
O show da banda de post-hardcore/rock alternativo que nunca sabe se vai continuar ou acabar é belíssimo.
Flores enfeitam os pedestais dos integrantes, o clima é construído por cada uma das canções e as variações entre peso e melodia não soam forçadas.
É um show daqueles de se apreciar a arte do que está sendo apresentado.
Setlist
Sic Transit Gloria… Glory Fades
I Will Play My Game Beneath the Spin Light
Okay I Believe You, but My Tommy Gun Don’t
Mix Tape
Degausser
I Am a Nightmare
Gasoline
Millstone
At the Bottom
You Won’t Know
Jesus
Sowing Season
Death Cab For Cutie
Há arte, muita arte, e o espetáculo casou bem com o final de tarde e começo de noite em Chicago, mas muita gente acaba ficando ali perto do palco apenas porque ouviu dizer que a banda é talentosa.
Foram 12 músicas baseadas principalmente no disco Plans e Ben Gibbard empolgadíssimo ao ir do piano para o microfone e as guitarras.
Setlist
I Will Possess Your Heart
The New Year
Crooked Teeth
Doors Unlocked and Open
The Ghosts of Beverly Drive
Black Sun
Title and Registration
I Will Follow You Into the Dark
You Are a Tourist
Cath…
Soul Meets Body
Marching Bands of Manhattan
White Lung
Os palcos menores eram bastante afetados pelas grandes atrações, principalmente do final de tarde para a noite, mas o que aconteceu com o White Lung foi crueldade.
A banda canadense lançou um dos melhores discos do ano em 2014 com Deep Fantasy, vai entrar nas listas de 2016 com Paradise e a performance da vocalista Mish-Way Barber ao vivo é um espetáculo.
O problema é que não apenas o público era MUITO menor do que eles mereciam (ponto negativo pra organização), os instrumentos estavam muito altos no palco e Mish reclamou durante a apresentação inteira.
Pela primeira vez em toda minha vida vi uma artista indo se apresentar no pit para que, assim, conseguisse ouvir o que cantava. Ela passou 3 músicas por lá, voltou ao palco e pediu desculpas pela performance dizendo que basicamente não fazia ideia de como estava cantando.
Ainda assim para o público, onde o áudio estava não apenas aceitável como muito bom, o show foi dos melhores: energia, guitarras, instrumentistas afiadíssimos e um visual que encanta. Eu gostei.
Setlist
Face Down
I Beg You
Narcoleptic
Below
Kiss Me When I Bleed
Take the Mirror
Paradise
Sister
Demented
Drown With the Monster
Morrissey
Morrissey não permitiu fotos da imprensa e atrasou seu show em 45 minutos, então optamos por não cobri-lo.
A grande notícia da noite a respeito da apresentação foi sobre como todas as barracas de comida pararam de vender carne entre as 20 e 22 horas do Sábado para respeitar a luta do cantor pelos direitos dos animais.
PARTE 1 – PARTE 2 – PARTE 4
Terceiro dia
Chegamos bem cedo no ensolarado terceiro dia de Riot Fest 2016 e fomos brindados com apresentações brutais de The Bronx e Swingin’ Utters.
Quem abriu as atividades pra valer com ótima recepção dos fãs foi um supergrupo local.
The Falcon
As duas bandas de origem dos caras são de Chicago, e a formação mais recente ainda conta com Dave Hause, do The Loved Ones, e o quarteto tem excursionado para divulgar o álbum Gather Up The Chaps.
O público local aplaudiu bastante o punk rock da banda e Neil, considerado um dos nomes fortes da cena independente de Chicago por conta de casas de shows e diferentes projetos, tinha o nome gritado.
Na sonoridade aparece a mistura do Alkaline Trio com Lawrence Arms além de traços de rock and roll mais clássico.
Frnkiero and the Patience
Muita gente foi assistir ao show por conta da banda onde ele se consagrou e está em hiato, mas a performance tem uma sonoridade diferente do MCR.
Frank Iero é bastante empolgado e muitas vezes agressivo ao cantar e tocar guitarra, e fica bem aparente que ele gosta do que está fazendo agora.
Setlist
Tragician
All I Want Is Nothing
Neverenders
Weighted
She’s the Prettiest Girl at the Party, and She Can Prove it With a Solid Right Hook
Smoke Rings
Stitches
I’m a Mess
Joyriding
Leftover Crack
Punk pra caralho. O Leftover Crack é foda e faz algumas das letras mais desafiadoras da atualidade.
Misturando guitarras, teclados e vocais que alternam entre melodias suaves e berros, o punkão e ska do grupo de Nova York deram um baita show no começo da tarde de Domingo.
Mais uma vez, ligados pela música, fãs de moicano, jaquetas, patches e tatuagens se aproximaram do palco para entoar os hinos dos caras.
Setlist
Archaic Subjugation
Don’t Shoot
500 Channels (Choking Victim cover)
One Dead Cop
Life Is Pain
Bedbugs & Beyond
Corrupt Vision
The Lie of Luck
Gay Rude Boys Unite
Operation: M.O.V.E.
Crack Rocksteady (Choking Victim cover)
Rock The 40oz
Gang Control
Slave to the Throne
Juliette Lewis and the Licks
Todos sabem da reputação de Juliette Lewis e seus shows explosivos ao vivo.
A moça não para um segundo e um público enorme se aglomerou em frente ao palco para ver o rock and roll liderado pela modelo/atriz.
O show até começou bem com “Hot Kiss”, mas daí pra frente caiu muito. Pode ter sido o calor ou pode ter sido o fato de que esse era o último show da turnê de Juliette e seus colegas, mas mesmo quando ela se jogava no público, a coisa toda parecia bem fraca.
Por incrível que pareça, e eu achei que nunca escreveria isso, faltou energia.
Talento teve de sobra, já que na banda de Juliette estavam nomes como o baixista Juan Alderete, conhecido por seu trabalho com o Mars Volta.
Chevy Metal
No mesmo palco onde tocou Juliette Lewis, veio também o Chevy Metal.
O palco, aliás, contava com WiFi de imprensa a todo vapor e conseguimos transmitir um trecho do show ao vivo no Facebook.
A banda conta com Chris Shiflett e Taylor Hawkins, do Foo Fighters, e manda ver em uma série de covers de clássicos do rock.
A já citada Juliette Lewis cantou em “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love”, do Van Halen, e Dee Snider participou das duas últimas canções: “Mississippi Queen”, do Mountain, e “Tie Your Mother Down”, do Queen.
Setlist
Live Wire (Mötley Crüe cover)
Looks That Kill (Mötley Crüe cover)
Stay With Me (Faces cover)
Ain’t Talkin’ ‘Bout Love (Van Halen cover) (com Juliette Lewis)
Ziggy Stardust (David Bowie cover)
You Really Got Me (The Kinks cover)
Mississippi Queen (Mountain cover) (com Dee Snider)
Tie Your Mother Down (Queen cover) (com Dee Snider)
Chevy Metal no Riot Fest
Publicado por Tenho Mais Discos Que Amigos em Domingo, 18 de setembro de 2016
Bad Religion
Figura frequente em várias edições do Riot Fest, nada simboliza melhor a união de bandas do punk rock com os grandes festivais do que o grupo, que simplesmente não envelhece e mandou 13 músicas por lá: começaram com “Fuck You” e terminaram com “Fuck Armageddon… This Is Hell”.
Ao final o público deu muita risada quando Greg saiu do palco e anunciou: “obrigado, até a próxima e agora fiquem com o show… de alguém”.
Quem tocaria na sequência é a banda de metalcore Underoath, e muita gente entendeu isso como uma tiração de sarro por conta do estilo. Ou pode ter sido só falta de memória do Sr. Graffin também, não é mesmo?
Setlist
Fuck You
Atomic Garden
Los Angeles Is Burning
21st Century (Digital Boy)
Stranger Than Fiction
Recipe for Hate
Against the Grain
Generator
Infected
You
Sorrow
American Jesus
Fuck Armageddon… This Is Hell
Jake Bugg
Isso tem acontecido com bastante sucesso na maioria das vezes mas claramente Jake Bugg foi uma exceção.
Sua escalação não fazia muito sentido, já que ele tem lançado discos não muito bem recebidos e já se declarou avesso a festivais, e o público foi o menor do dia no palco que teve Juliette Lewis e Chevy Metal antes.
Poucas músicas após o começo, esse público diminuiu ainda mais, pois os curiosos foram para outros cantos e Jake Bugg simplesmente passou pelo Riot Fest 2016.
Deftones
O show da banda no festival de Chicago foi mágico, não apenas pela bela luz natural do fim de tarde, mas também porque milhares de fãs do grupo se juntaram a outros tantos milhares que já esperavam pelo Misfits e se uniram para uma performance emblemática.
Vieram músicas do último disco, Gore, hits da carreira e um início de noite inesquecível para quem esteve por lá.
Setlist
Rocket Skates
Geometric Headdress
Be Quiet and Drive (Far Away)
Diamond Eyes
Swerve City
Rosemary
Gore
Kimdracula
Digital Bath
Knife Prty
Change (In the House of Flies)
My Own Summer (Shove It)
Headup
Sleater-Kinney
A banda de Seattle mistura punk rock e indie como ninguém o faz no planeta, alternando dois vocais e muitas guitarras, sem baixo.
O fundo do palco das garotas era o mais legal de todo o festival, com tecidos que eram levados pelo vento e formavam um efeito incrível ao serem iluminados pelas mais diversas cores.
Em estúdio a gente já sabia que o Sleater-Kinney é dos melhores; ao vivo é impressionante.
Setlist
Far Away
Turn It On
Bury Our Friends
Jumpers
One More Hour
Oh!
Surface Envy
A New Wave
What’s Mine Is Yours
All Hands on the Bad One
Price Tag
Modern Girl
The Fox
Words and Guitar
Dig Me Out
Entertain
Misfits
O Misfits também não permitiu que fotógrafos tirassem fotos de seus shows, o que foi resolvido por praticamente todos os veículos já que a área de imprensa dava de frente para o palco deles.
Isso, aliás, causou uma cena bastante emblemática, já que praticamente todos os profissionais que ali estavam pararam para assistir ao aguardado retorno de Glenn Danzig aos palcos ao lado de Jerry Only.
A reunião se deu com clássicos de discos como Walk Among Us, Static Age e Earth A.D., e Danzig falava bastante entre as canções.
Ele disse, inclusive, que pela primeira vez na carreira tocava com um palco todo enfeitado com abóboras gigantes e outros itens que lembram a parte assustadora da banda.
Segundo ele, quando ainda estava na banda, ninguém tinha dinheiro para isso.
E por falar em Danzig conversando com a plateia, Fat Mike estava certo: cada vez que ele pegava o microfone para se comunicar, estava sem ar, de uma forma que ecoava de forma absurda pelo parque.
As músicas do Misfits são bem curtas e poderiam formar um show cheio de energia, com várias na sequência, mas isso não aconteceu.
Havia um intervalo enorme entre todas elas, e visivelmente porque os integrantes precisavam descansar.
Dave Lombardo, ex-Slayer, foi um monstro na bateria e Doyle dava socos em sua guitarra quando tocava, com Jerry Only segurando a onda no baixo.
Foi histórico, foi divertido e serviu para unir gerações e gerações de fãs com camisetas do Misfits, mas a performance ficou longe de ser lendária.
Não se sabe o que será do futuro do Misfits, mas antes da última música Danzig disse que quem não viu os shows do Riot Fest em Denver e Chicago “vacilou”, enquanto Jerry já revelou que gostaria até de gravar um novo álbum.
Não dá pra saber, mas se a reunião seguir adiante, precisaremos de mais do que os novos (e divertidos) enfeites de palco.
Setlist
Death Comes Ripping
20 Eyes
I Turned Into a Martian
Where Eagles Dare
Mommy, Can I Go Out and Kill Tonight?
Vampira
All Hell Breaks Loose
Hybrid Moments
Teenagers From Mars
London Dungeon
Earth A.D.
Green Hell
Devilock
Horror Business
We Are 138
Hollywood Babylon
Who Killed Marilyn
Halloween
Die, Die My Darling
Astro Zombies
Skulls
Last Caress
BIS:
Bullet
Night of the Living Dead
She
Attitude
PARTE 1 – PARTE 2 – PARTE 3
- Lançamentos
- Música
- Alkaline Trio
- Chevy Metal
- Dave Hause
- dee snider
- Deftones
- Foo Fighters
- Frnkiero and the Patience
- Jimmy Eat World
- Juliette and The Licks
- Juliette Lewis
- Leftover Crack
- Misfits
- Morrissey
- My Chemical Romance
- NOFX
- Refused
- riot fest
- Sleater-Kinney
- Swingin' Utters
- The Bronx
- The Falcon
- The Hives
- The Lawrence Arms
- The Loved Ones
- Twisted Sister