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O Teatro Mágico volta ao palco do Vivo Rio com turnê "Allehop"

Projeto que envolve música, teatro, arte e mais tocou no Rio de Janeiro, mostrou suas músicas e também comentou situação do Brasil.

Teatro Mágico no Rio de Janeiro

Fotos por Caio Mainenti

Na sexta-feira passada (23), o Teatro Mágico retornou ao palco do Vivo Rio, na Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro, em turnê de divulgação de seu mais recente álbum, Allehop, lançado em abril deste ano.

Liderada por Fernando Anitelli (voz e violão), a trupe musical iniciou sua apresentação com meia hora de atraso, às 22h30, quando a casa de shows já apresentava um bom público. Ao lado do fundador do projeto que mistura circo, arte e poesia também estavam em cena os músicos e artistas Zeca Loureiro (guitarra e violão), Sérgio Carvalho (baixo), Rafael dos Santos (bateria), Ricardo Braga (percussão), Guilherme Ribeiro (teclados), Andrea Barbour e Nô Stopa.

Para abrir a noite, o Teatro Mágico escolheu a faixa “Um Filme”, presente no novo disco. Pouco depois, Anitelli fez o primeiro contato com a plateia. “Boa noite, Rio de Janeiro! Muita gente questiona a mudança do novo trabalho, dizendo que a gente perdeu a essência. Mas nós continuamos os mesmos,” disse, se referindo ao som mais eletrônico do disco atual, cheio de elementos oitentistas. Na sequência, o TM executou a faixa “Quando se Distrai”, que no estúdio contou com a participação de Lucas Silveira, da Fresno, nas guitarras.

Antes de “Refúgio”, Anitelli aproveitou o coro de “Fora, Temer”, puxado por parte do público, para falar sobre o cenário político brasileiro. O ator e instrumentista lembrou que, ao nos dividirmos diante da polarização vista pelas ruas e nas redes sociais, é preciso olhar o outro com mais amor. Segundo o vocalista, é possível tomar partido sem ofender ou agredir o próximo. Os fãs, na maioria, concordaram com a mensagem do músico e aplaudiram com entusiasmo seu discurso.

Já a parte acústica da apresentação teve “Ana e o Mar”, do disco de estreia Entrada para Raros (2003), e “Sonho de uma Flauta”, do álbum Segundo Ato (2008), ambas acompanhadas em coro pelo público. O show seguiu então misturando canções novas do Teatro Mágico, como “Vim te Buscar”, “Deixa Ser”, “Tudo o que Faço pra Ser” e “Cada Caso”, e faixas consagradas da carreira do grupo, como “Amanhã…Será?”, “Pena”, “Nosso Pequeno Castelo” e “O Anjo Mais Velho”, esta última rearranjada em ritmo mais acelerado, quase como um rockabilly abrasileirado.

Depois de “Palavra”, o Teatro Mágico recebeu os seus convidados no palco, entre eles o rapper Jota Erre, que cantou “Mais Amor” com a trupe. Quando o relógio passava da 00h, Anitelli, de brincadeira, anunciou que o show estava chegando ao fim. Os fãs, claro, protestaram. Em seguida chegou o momento do malabarista Toicinho brilhar. O simpático artista, que sempre conquista a atenção da plateia com seus números bem humorados, divertiu a galera, fazendo piadas (inclusive com o “Fora, Temer) e mostrando sua “impressionante” habilidade na manipulação de objetos no ar.

Passado o momento descontraído, a apresentação do Teatro Mágico foi retomada com “Camarada D´água”, pouco antes do encerramento do show, às 00h33. Era a hora das cortinas se fecharem para o respeitável público, enquanto os fãs presentes no Vivo Rio davam, com sorriso no rosto, sua derradeira saraivada de palmas.