Perto de estrear, "Jovens, Loucos e Mais Rebeldes" é uma homenagem ao clássico dos anos 1990

Assistimos a "Jovens, Loucos e Mais Rebeldes", de Richard Linklater, no Festival do Rio. Filme é uma homenagem ao clássico original dos anos 90.

jovens, Loucos e Mais Rebeldes

23 anos depois de lançar nos cinemas o cultuado “Jovens, Loucos e Rebeldes”, filme que revelou ao mundo vários atores hoje famosos como Ben Affleck, Matthew McConaughey e Milla Jovovich, o diretor Richard Linklater retoma a pegada “sexo, drogas e rock n’ roll” em “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes”. Mas se engana quem pensa que se trata de uma continuação, o longa, antes de tudo, é uma homenagem ao clássico de 1993.

Com estreia prevista no Brasil para 17 de novembro, o novo filme tem elenco e trama diferentes do original, embora a essência seja a mesma, com ambientação no início dos anos 1980. Parece a história lá do passado revisitada, porém, com algumas diferenças.

Se no original a trilha sonora era totalmente roqueira (símbolo do espírito anárquico que a temática busca), em “Jovens, loucos e mais rebeldes” os personagens também experimentam outros gêneros, como a disco music e o country. Além disso, o novo longa cede mais espaço para o romance, construído a partir da relação entre o protagonista Jake (Blake Jenner) e a graciosa Beverly (Zoey Deutch).

No roteiro assinado pelo próprio diretor, Jake é calouro de uma universidade americana e está de mudança para a fraternidade que abriga oito jogadores de beisebol universitário. A casa foi cedida pela instituição porque os alojamentos já não comportam mais o número de matriculados. Entre as regras impostas aos moradores estão “nada de álcool” e “proibida a entrada de garotas no andar de cima”. Como é habitual quando muitos jovens estão reunidos, as normas citadas são sumariamente desobedecidas por todos, em maior ou menor nível. Jake divide quarto com o caipira ranzinza, e também novato, Beuter (Will Brittain).

Assim como os outros calouros, no dia a dia da fraternidade eles passam por uma série de “pegadinhas” orquestradas pelos veteranos, ao mesmo tempo em que aproveitam com os demais homéricas farras e noitadas. Os garotos mostram que sabem se divertir e criar laços de amizade de todas as formas possíveis, até mesmo durante despretensiosa tarde no lago. Tudo acontece nos três dias que antecedem o começo das aulas, que obviamente terão início após uma acachapante ressaca.

No elenco do longa também estão Juston Street (Jay), Ryan Guzman (Roper), Tyler Hoechlin (McReynolds), Wyatt Russell (Willoughby), Glenn Powell (Finnegan), Temple Baker (Plummer), J. Quinton Johnson (Dale), Austin Amelio (Nesbit), Tanner Kalina (Brumley) e Forrest Vickery (Coma).

Consagrado mundialmente com o premiado “Boyhood: Da Infância à Juventude”, Linklater em “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” prova novamente a sua versatilidade e retrata a juventude oitentista com muito bom humor e leveza, conquistando o espectador com cenas divertidas e piadas que funcionam, fora a química entre todo o elenco (assim como no original). Agora, se “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” é melhor ou pior que o título que lhe inspirou fica a critério de cada um.