“Quando eu comecei, tudo que fazia era carregar caminhões: colocando todo equipamento dentro deles, e depois tirando tudo.”
A declaração vem de Karrie Keyes, engenheira de som do Pearl Jam há 24 anos, que em matéria da NPR falou a respeito de sua profissão.
Keyes disse que tudo começou na adolescência, quando ela conheceu um engenheiro de som em um show da banda punk Black Flag e recebeu um convite para ajudar com os equipamentos das apresentações.
A vida começou a se desenrolar na estrada, onde ela ganhava cerca de 50 dólares por semana, e carregava equipamentos pra lá e pra cá, trabalhando em shows todas as noites.
Segundo ela, rolava de tudo, desde shows de punk rock até apresentações mariachi e eventos gospel, e como uma das poucas funcionárias mulheres no ramo, volta e meia se deparava com o sexismo.
Apesar disso, ela diz que cada dia o trabalho era diferente, então ela enxergava que cada novo dia tinha potencial para ser maravilhoso, e seguia em frente.
Pearl Jam
Há 24 anos, Keyes é engenheira de som do Pearl Jam no palco, responsável especificamente pelo retorno de som de cada um dos integrantes.
De lá pra cá ela se tornou mãe, excursionou enquanto estava grávida, teve que contar com o marido e parentes para cuidar de suas filhas e aprendeu a dividir o tempo na estrada e o tempo em casa, dizendo que quando volta de turnê, se dedica completamente à família.
Como mesmo mais de duas décadas depois ainda é raro ver mulheres trabalhando na área, ela fundou um grupo chamado SoundGirls, com a ideia de apoiar mulheres que trabalham com áudio de forma profissional.
Nesse último Verão do Hemisfério Norte, por exemplo, elas foram responsáveis por acampamentos onde ensinavam técnicas de som para apresentações ao vivo a jovens garotas.
Sobre o Pearl Jam, ela disse que os fãs já a conhecem e que o trabalho muda bastante de um dia para o outro:
Às vezes é fácil e todo mundo quer ouvir a mesma coisa. E às vezes é muito difícil, porque nenhum deles quer ouvir a mesma coisa.