Parece que Bono, vocalista do U2, se envolve em polêmicas mesmo quando ela não parte dele.
O músico foi colocado na lista de “Mulheres do Ano” da revista Glamour, e é claro que as críticas começaram a surgir aos montes.
Antes de tudo, vamos à explicação: de acordo com a editora-chefe da publicação, há muito tempo a revista já pensava em homenagear um homem em sua lista, mas o pensamento logo era interrompido, o que teria mudado em 2016.
“Isso começou a parecer um jeito antiquado de olhar para as coisas, e há muitos homens fazendo coisas maravilhosas para as mulheres nos dias de hoje. Alguns homens entendem a situação e estão fazendo coisas para melhorá-la, e um deles é Bono,” disse Cindi Leive.
Na lista, Bono aparece dizendo que “a luta pela igualdade de gêneros não pode ser vencida a não ser que homens a liderem junto com as mulheres”, e sua inserção se deve principalmente pela campanha One, do músico, que apoiou o movimento “Poverty Is Sexist”, responsável por expor a situação de milhares de mulheres pobres que não têm acesso à educação:
A ideia de que um homem que pode escolher qualquer causa no mundo para chamar de sua, ou até mesmo nenhuma causa, está escolhendo trabalhar, e não apenas por uma noite ou um evento especial, mas de forma consistente – dia após dia e mês após mês – pelas mulheres é incrivelmente legal e merece aplausos.
Polêmica
Há gente defendendo a inclusão de Bono mas há muita gente criticando a decisão da revista, e as justificativas variam.
As duas mais comentadas são os fatos de que há mulheres fazendo o mesmo que Bono no mundo todo e que mereciam reconhecimento, além de que ele poderia muito bem ser homenageado, mas de alguma outra forma e não dentro de uma lista de “Mulheres do Ano”.
Esse editor-chefe aqui concorda com ambas.
And finally, Bono’s work with @ONECampaign makes him our first-ever Man of the Year: https://t.co/rg2lJqnWRO #GlamourWOTY #shattertheceiling pic.twitter.com/nkTt5JaRfl
— Glamour (@glamourmag) November 1, 2016