Então ontem finalmente tivemos a notícia pela qual esperávamos há tantos anos: o System Of A Down irá lançar um novo disco.
A informação veio durante entrevista do baterista John Dolmayan para a revista Kerrang!, onde ele revelou que o grupo já trabalha há seis meses no disco e tem 15 músicas novas.
Pensando um pouco a respeito do que pode vir por aí, listamos logo abaixo o que esperamos do primeiro disco do grupo desde a dobradinha Mezmerize / Hypnotize, de 2005.
Músicas de protesto
O System Of A Down sempre foi uma banda com conteúdo político em suas letras, e basta ouvir alguns sons como “B.Y.O.B.” para perceber que eles não estão de brincadeira.
Em um momento onde o mundo inteiro passar por uma de suas piores fases e após a eleição de Donald Trump é difícil imaginar que não venha uma série de críticas por aí.
Músicas experimentais
Fato é que navegar por diferentes mares não é algo novo para o músico e ele provavelmente terá interesse em incorporar isso à sonoridade da banda.
O guitarrista Daron Malakian seguiu uma linha mais próxima do que a banda fez durante sua carreira quando em, 2008, lançou o projeto Scars On Broadway, então suas influências devem girar nesse sentido, assim como do baterista John Dolmayan, que chegou a tocar com o colega no álbum.
Já o baixista Shavo Odadjian colaborou com nomes do hip hop como o Wu-Tang Clan e isso pode aparecer no resultado final mesmo que de forma sutil.
Melhor coesão e melhores instrumentistas
É justamente o caso do System Of A Down, que desde 2010 faz shows pelo mundo e teve tempo de sobra para se ajustar em estúdio, melhorar a famosa química entre os integrantes e rodar direitinho.
Além disso, de lá pra cá a banda também teve bastante tempo para que cada integrante praticasse de forma individual e se tornasse um melhor instrumentista.
Visuais fortes
Imaginando que um disco de retorno tem que fazer barulho e que o momento pede por lançamentos de impacto, é possível pensar que o grupo irá caprichar tanto na capa do seu sexto álbum quanto nos materiais de apoio relacionados, como vídeos oficiais.
Peso, muito peso
Se tem uma coisa que o SOAD sabe fazer é alternar peso e melodia: tanto nas guitarras quanto nas linhas vocais de Serj e Daron, a diferença entre leve e pesado sempre marcou os registros em estúdio e os shows ao vivo, e isso deve acontecer novamente.
Mesmo com as experimentações de Serj, é de se imaginar que a banda vai estar com sangue nos olhos para mostrar ao mundo do que é capaz e levar sua mensagem de forma contundente.
Além disso, bandas “da mesma época” ainda estão firmes e fortes lançando sons pesados que caracterizaram suas carreiras, como KoRn e Slipknot, por exemplo.
Turnês mundiais
Isso é até um tanto quanto óbvio, mas se mesmo sem disco novo o SOAD já está rodando o planeta em festivais, é provável que com um novo álbum as turnês se intensifiquem.
O Brasil deve entrar na rota pois é o tipo do show com sucesso garantido por aqui.
Nova abordagem
Isso é uma boa notícia, já que não faria muito sentido repetir a fórmula usada há 15 anos.
Ele também disse que esse álbum tem que ser destinado a “uma nova geração de fãs” da banda, e é outro ponto que faz completo sentido: em 2001, quando Toxicity foi lançado, boa parte da base de fãs do grupo era formada por adolescentes que hoje passaram dos 30.
Além disso, os adolescentes de hoje em dia que se tornaram fãs da banda nem eram nascidos, então é provável que o grupo irá adaptar suas letras e seu som para maneiras com as quais o público de hoje em dia se identifique.
Outro ponto positivo disso é que fica bem claro que a banda não está de volta simplesmente para arrecadar dinheiro com algo que fez no passado.
União
Serj Tankian, principalmente, disse várias vezes que “ainda não era hora”, então se isso está acontecendo agora, é porque os quatro integrantes estão com o mesmo objetivo em mente, finalmente.
Preocupação com o Planeta Terra
Quando o entrevistamos em 2012, ele disse que o seu disco solo se chamava Harakiri pois a palavra, que traduz para um ato de suicídio na cultura japonesa, tem a ver com o fato de que estamos nos matando ao poluir e matar o próprio lugar onde moramos.
Nos protestos do System Of A Down, a temática pode aparecer.
Parceria com o público
Na mesma entrevista, Serj também disse que entendia que não havia tantas bandas de protesto e/ou com mensagens que fizessem pensar porque o público não pedia por essas canções e vinha se contentando com músicas pop acessíveis.
Segundo ele, a partir do momento que o público ficasse mais criterioso e começasse a apoiar bandas com mensagens mais profundas, as gravadoras investiriam mais, o som se propagaria mais e voltaríamos a ter uma época de ouro para o rock and roll.
Chegou a hora!