Cliff Burton era o baixista do Metallica quando a banda estava excursionando pela Europa em 1986 e um trágico acidente com o ônibus do grupo aconteceu na Suécia e acabou levando a vida do cara.
O músico era conhecido pela sua habilidade musical extraordinária e por estar muito à frente musicalmente tanto dos seus colegas de banda quanto da grande maioria dos músicos de heavy metal da época, que se limitavam a ouvir os mesmos sons.
Em entrevista a Chris Jericho no podcast Talk Is Jericho, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, falou a respeito disso e contou sobre como Cliff sempre ampliava o leque das coisas que ouvia, o que ele e James Hetfield não entendiam na época:
Ele estudou música clássica e podia muito bem sentar ao seu lado e conversar sobre Bach, Beethoven e Tchaikovsky. Em 1981, James e eu não conversávamos muito sobre música clássica, sabe? (Risos) A gente tinha a mente um pouco mais fechada.
Cliff adorava a energia e a agressividade, mas acho que ele não era grande fã de coisas tipo Iron Maiden. Eu me lembro de quando começamos a viajar de ônibus, eu colocava Maiden ou algo do tipo pra tocar – ele não saía correndo de seu assento para bater cabeça.
Eu colocava pra tocar Maiden, Diamond Head. Aí ele colocava o ‘Rio Grande Mud’ ou o ‘Degüello’ do ZZ Top, ou algum disco do Yes que eu nunca tinha ouvido, e eu ficava tipo, ‘Huh?’ Aí ele se sentava e fazia propaganda de Jethro Tull ou… uma outra banda que ele amava era o Police. Ele sempre colocava Police para tocar.
Sua rede de influências era realmente ampla e ele realmente não estava nem aí para o que as pessoas achavam que você deveria ouvir se estava em uma banda de metal, o que obviamente eu e James ainda não havíamos aprendido na época.
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