Dentro do processo de criação musical, álbuns são coleções de memórias. São registros sonoros dos destinos traçados até ali, até a fatia de tempo onde alguém aperta o REC e distorce a lógica cronológica, onde o que normalmente seria fugaz, fica eternizado. E mesmo depois do nascimento de um produto – um disco, um EP, um single virtual – o processo continua nos palcos, nos estúdios, na transmutação desses registros em novas experiências.
E há, dentro disso tudo, o meio do caminho. O processo, a ponte. A busca pelos encontros ideais, procurando a canção antes dela tomar forma. E é dessa jornada entre o zero e produto final que surge Interlúcido, novo EP da banda carioca Cafe Republica, que você confere hoje em primeira mão aqui no Faixa Título:
Fruto da gestação do primeiro álbum do Cafe Republica, previsto para sair ainda em 2017, Interlúcido é, segundo a própria banda, “uma reunião de sessões, improvisos e ideias livres (talvez as ideias mais livres que tivemos a oportunidade de registrar) que surgiram espontaneamente durante nosso convívio em estúdio”.
Espaçosas e reflexivas, as seis faixas do EP reúnem, ao mesmo tempo, improvisos e ideias que não se encaixam no conceito que o Cafe Republica imagina para o disco. Juntas, aqui, soam como peças soltas de um quebra-cabeça a ser montado, mas que conversam entre si de uma maneira não óbvia – da morosidade abstrata de “Subaquática” ao flerte com a eletrônica experimental de “Ciência dos Ângulos”.
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