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Linkin Park: com um tweet, Chester Bennington explica nova direção da banda

Em uma entrevista, o vocalista Chester Bennington falou sobre os motivos por trás da mudança sonora do Linkin Park no disco "One More Light".

Linkin Park

Em uma longa entrevista para o RockSound, o vocalista Chester Bennington comentou sobre a polêmica nova direção do Linkin Park, onde os riffs pesados e letras rebeldes dão vez para arranjos puxados para o pop e o eletrônico.

“Na real, nós começamos a gravar algumas canções pop bem interessantes antes de lançar o The Hunting Party“, começou o vocalista.

Nós iniciamos um caminho claro para escrever músicas pop sérias. Mike me dizia ‘Hey, o que você diria se eu falasse… vamos fazer uma colaboração com Katy Perry ou Kelly Clarkson?’, e eu respondia ‘Sim! Eu realmente gosto de música pop’. Era só um teste para saber se eu diria ‘Claro que não, isso me faz vomitar’ ou se eu estaria aberto à ideia, e eu basicamente estou aberto para tudo.

Além disso, Bennington admitiu que a banda sempre arriscou em novas áreas.

Começando por ‘Minutes To Midnight’ para frente, é tipo, ‘Vamos correr alguns riscos’. Se as canções estão boas, então é tudo o que deveria importar. Nós sentimos que estamos nos esforçando criativamente. Se nós gravamos um monte de músicas pop que são ruins, nós definitivamente estamos na direção errada, [mas] se nós escrevemos um monte de músicas de metal que são ruins, nós [também] estamos na direção errada.

Não importa o estilo em que compomos, desde que venha de um lugar puro e que seja algo em que nós estejamos dando corpo e alma, nós podemos lidar com o que acontece daquele ponto em diante e nós estamos muito confiantes de que mesmo que seja chocante para algumas pessoas – ou até mesmo todo mundo, em um primeiro momento – às vezes para nós é tipo, ‘Nós sabemos que vamos fazer várias pessoas falarem, ‘Que porra é essa? Quem são esses?’ e nós também sabemos que muitas pessoas vão dizer ‘Que porra aconteceu com a minha banda?’.

Eu acho que, para nós, criatividade é algo muito grande para ser colocado numa caixa, e nós não somos uma banda com uma cara só. Nós realmente gostamos de aproveitar nossa paleta e expandir nossas habilidades como compositores e artistas, e é algo que nós fizemos nesse álbum.

De uma forma um pouco mais direta e brusca, o cantor já havia comentado sobre isso através de seu Twitter. “Alguém me perguntou por que eu não canto mais sobre angústia adolescente?….. Eu disse ‘Porque eu tenho 41 anos'”, o vocalista comentou através de seu Twitter.

Por fim, Bennington completou dizendo que nunca considerou o Linkin Park uma banda de nu-metal.

Nós não queremos nos prender a um gênero. Não é que nós odiamos o nu-metal. O que nós odiávamos era sermos rotulados de alguma coisa. Se é só hard rock, nós falávamos, ‘será que essas pessoas estão ouvindo o disco?’, mas nós podíamos ser igualmente rotulados como um grupo de hip-hop, música eletrônica ou uma banda alternativa. Existem tantas partes diferentes no que fazemos. É por isso que chamamos isso de ‘Hybrid Theory’ [Teoria híbrida, primeiro álbum de estúdio da banda].

Vale lembrar que o Linkin Park irá dar uma passada pelo Brasil no dia 13 de Maio por conta do Maximus Festival, que conta com uma line-up bem impressionante.

O próximo álbum da banda, One More Light, será lançado no dia 19 de Maio pela Warner Bros.