John Lydon, o Johnny Rotten do Sex Pistols, deu uma entrevista no mínimo interessante para o Good Morning Britain, um programa de televisão da rede britânica ITV.
Na ocasião, o músico estava promovendo seu novo livro autobiográfico e tirou um tempo para comentar também sobre as grandes polêmicas do mundo atual, como o Brexit e o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Sobre o Brexit, referendo que determinou a separação do Reino Unido do resto da União Europeia, Lydon foi bem direto: “a classe trabalhadora expressou a sua vontade, eu sou um deles e eu estou com eles”, e completou afirmando que seu encontro com (um dos organizadores do Brexit) Nigel Farage foi “fantástico”.
E em um momento seguinte da entrevista, a apresentadora comentou o fato de que o cantor agora é um cidadão (oficial) dos Estados Unidos, perguntando como ele se sente em relação a Trump. John começou explicando que ele é um “cara complicado”, e adicionou:
Um jornalista uma vez disse para mim, ‘Seria ele o político Sex Pistol?’ De certa forma, sim. O que eu não gosto é de que a mídia de esquerda nos Estados Unidos está tentando pintá-lo como racista e isso é uma completa mentira. Existem vários, vários problemas com ele como um ser humano, mas ele não é isso e talvez exista até uma chance de que algo bom venha de toda essa situação, porque ele aterroriza os políticos. Isso é uma alegria imensa para mim. Me arrisco dizer, um possível amigo.
Logo antes das eleições, o músico havia expressado uma opinião um pouco diferente sobre o político para o Metro, da Inglaterra:
É completamente irônico e triste que as pessoas resolvem correr para um homem de negócios — e um cara que é famoso por conseguir falir um casino/hotel. Como você consegue fazer isso? É o jeito mais fácil de conseguir dinheiro no mundo!
As pessoas ainda não conseguem diferenciar madeira das árvores lá [nos Estados Unidos]. Tudo me diz instintivamente de que [Trump] é uma pessoa ruim — e eu acho que ele está a um passo da Terceira Guerra Mundial, aquele cara!
Você pode conferir a entrevista na íntegra logo abaixo.